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Estado de Minas GERAL

Rio se mantém no topo da lista de Estados com pior desempenho contra covid-19


09/10/2020 18:13

O Rio de Janeiro permaneceu no topo da lista dos Estados com pior desempenho no combate ao novo coronavírus, no levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP) que encerra o Ranking Covid-19 dos Estados. Neste último ranking, Goiás e São Paulo ocuparam o segundo e terceiro lugares, respectivamente. No levantamento, as primeiras posições indicam piores avaliações no enfrentamento à pandemia. Em contrapartida, o Maranhão se firmou como o Estado mais bem classificado, seguido por Amapá e Acre desta vez.

O ranking foi criado em abril para analisar comparativamente o reflexo de políticas públicas no controle da doença nas 27 unidades da federação e teve sua primeira divulgação em maio, no auge da pandemia no País. De lá para cá, foram dez publicações, mas com a relativa estabilidade da covid-19 no Brasil, o CLP decidiu encerrar a avaliação. Um balanço com os destaques positivos e negativos no combate à doença deve ser divulgado no início de dezembro.

Pesa contra o Rio de Janeiro a taxa de mortalidade - calculada em relação aos casos confirmados por milhão de habitantes (pmh) -, que segue como a mais elevada do País. Em um mês, caiu de 7,12% para 6,91%, enquanto a média nacional passou de 2,71% para 2,64%.

"O principal ponto de atenção fica para o Rio de Janeiro, que segue com altas taxas, e a prioridade da discussão deixou de ser saúde e passa a ser a política. Mostra muito o momento que o Rio vive, e como a população sofre com essa dinâmica que tem sido destaque", afirma o líder de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, destacando que o Estado tem a terceira menor nota de transparência do País.

Outro alerta fica para o aumento, ainda que pequeno, da letalidade em 10 Estados - Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins -, que pode estar relacionada com a redução da testagem.

Nascimento pondera que foi um crescimento muito modesto, que ainda não é um sinal vermelho, mas que é necessário ficar atento, até porque a previsão do total de óbitos do CLP feita há um mês (141.550) ficou aquém do número oficial para o dia 7 de outubro, de cerca de 147 mil. "Somente com a vacina o problema será resolvido. Não podemos 'normalizar' tudo, porque ainda há dados negativos. É preciso fazer esse alerta."

A desaceleração de novos casos de covid-19, por sua vez, é notória, diz. Em um mês, de 9 de setembro a 7 de outubro, houve aumento total de 19% no número de contaminados por milhão de habitantes (pmh) no Brasil, taxa similar ao aumento nos 15 dias anteriores, de 17%.

"Os Estados, em geral, seguem diminuindo as médias móveis de casos e mortes. Aqueles que aparecem nas primeiras posições do ranking é porque tiveram melhoras menores do que os outros."

O que dizem os Estados

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que, pelos critérios estabelecidos pela Organização Pan Americana de Saúde (Opas) e pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), somente a região Centro-Sul, que representa 2% do total da população, encontra-se na bandeira laranja, com risco moderado em relação à pandemia. As outras regiões estão com bandeira amarela, que aponta para baixo risco.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde de São Paulo disse desconhecer a metodologia do ranking do CLP. Segundo a pasta, a análise do cenário epidemiológico no Estado é feita diariamente e as medidas são tomadas baseadas nesse monitoramento e no planejamento de saúde. "É compromisso contínuo da Saúde fortalecer as iniciativas de testagem, aprimorar as estratégias de monitoramento de casos confirmados e contactantes, bem como prover assistência a todos os pacientes, combatendo a pandemia."

Também em nota, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que a boa colocação do Estado é fruto do esforço diário de gestão e dos profissionais de saúde. Dino disse que o Estado já está preparando um novo planejamento para 2021, considerando a hipótese de permanência ou "eventualmente" piora da pandemia, "como lamentavelmente estamos vendo em alguns países da Europa."


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