A qualidade dos trabalhos da sua equipe de profissionais colocou o Estado de Minas na final de dois importantes prêmios nacionais de jornalismo: o 27º Prêmio CNT de Jornalismo (duas indicações), promovido pela Confederação Nacional do Transporte; e o 42º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Os finalistas dos concursos foram anunciados nessa quarta-feira. As premiações contemplam trabalhos jornalísticos nos meios impresso, internet, rádio, vídeos e televisão.
O EM é finalista do Prêmio Vladimir Herzog (promovido pelo instituto homônimo e parceiros), na categoria Arte, com a capa da edição de 5 de maio de 2020, em homenagem ao compositor Aldir Blanc, falecido na véspera. O trabalho é de autoria de Júlio Moreira, Roney Garcia, Carlos Marcelo, Renata Neves e do cartunista Quinho, sendo que esse último é também finalista do concurso na mesma categoria com outro trabalho, “O foco”, publicado pelo Correio Braziliense, dos Diários Associados.
A capa da edição 5 de maio de 2020 traz a manchete e as chamadas de notícias relacionadas com a pandemia da COVID-19, tendo como destaques ilustrações do cartunista Quinho: um artista boêmio (o bêbado) e uma equilibrista, alusão à obra-prima do compositor, apontada como hino da anistia política e clássico da música popular brasileira (MPB) imortalizado na voz de Elis Regina. O trabalho é intitulado “Choram Marias e Clarices no solo do Brasil”, da letra de Aldir Blanc.
Foram indicadas como finalistas do Prêmio CNT de Jornalismo duas séries de reportagens do EM: “O transporte na pandemia: superação de riscos a favor da vida”, de autoria dos repórteres Luiz Ribeiro, Mateus Parreiras e Matheus Adler, publicada no período de 20 a 26 de julho; e “Desafio bike BH”, de autoria dos repórteres Guilherme Paranaíba Gouvea, Leandro Couri e Larissa Kümpel, publicada no período de 15 a 19 de setembro de 2019. O anúncio dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos ocorrerá em 25 de outubro. Os vencedores do Premio CNT de Jornalismo serão anunciados em novembro.
A série “O transporte na pandemia: superação de riscos a favor da vida” mostrou as histórias envolvendo riscos e temores dos profissionais do transporte na pandemia do novo coronavírus. As reportagens mostraram o cotidiano de caminhoneiros que trafegam por áreas em que existe alto índice de contágio do vírus e crescimento dos roubos de cargas em plena pandemia, a apreensão dos condutores de ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) no atendimento às pessoas contaminadas pela COVID-19, a condição precária dos mototaxistas, assim como o medo e os cuidados nas estações de metrô e trens.
O jornal mostrou ainda a realidade de motoristas de ônibus (muitos deles enfrentaram até agressões por exigir dos passageiros o uso da máscara) e taxistas, que, mesmo pertencendo ao grupo de risco, se viram obrigados a continuar no volante por necessidade de sobrevivência. Outro foco foi mostrar o preconceito enfrentado na estrada pelas mulheres caminhoneiras. A série também revelou casos de superação e expectativa de um futuro melhor.
Na série “Desafio bike BH”, os repórteres do Estado de Minas mapearam os 90 quilômetros de ciclovias já implantados da capital, além de problemas e atraso nos projetos para a área. O trabalho mostrou que parte das pistas exclusivas se encontra em situação precária. Indicou como a insegurança em bicicletários ou a ausência deles em estações de ônibus e metrô encarecem os deslocamentos. Outro destaque foi que os adeptos das pedaladas são vítimas de 2,6 acidentes a cada dia, causados sobretudo pela disputa de espaço com veículos. Conflito semelhante ao enfrentado na maior ciclovia de BH, na Pampulha. Além disso, foi abordada a questão dos espaços para o aluguel de bicicletas na capital.