Jornal Estado de Minas

CASO MIGUEL

Mãe de Miguel, menino que caiu de prédio de luxo no Recife, tem conta hackeada

Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, morreu após cair do nono andar de um prédio no Recife (foto: Reprodução/ Câmeras de segurança)
Mirtes Renata de Souza, mãe de Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que morreu ao cair do nono andar de um prédio de luxo no Recife, Pernambuco, em 2 de junho deste ano, relatou que seu perfil em uma rede social foi hackeado. Segundo ela, todas as fotos da conta do Instagram foram apagadas em 25 de junho.



“Eu não sei o que aconteceu. Não sei se foi for causa das solicitações para seguir. Eu tinha mais de 1 mil solicitações, mas não estava conseguindo aceitar nenhuma. Não sei se a pessoa hackeou porque queria os seguidores ou se foi por ruindade”, comentou.

Ainda de acordo com a mãe da criança, alguns registros fotográficos do filho só estavam guardados na conta da rede social.


A Polícia Civil ainda não foi acionada, segundo Mirtes.

Caso Miguel


Miguel Otávio, de cinco anos, caiu do nono andar do edifício Pier Maurício de Nassau, no Bairro Santo Antônio, Região Central do Recife. A criança foi deixada sob a responsabilidade da, até então, patroa de Mirtes, a primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, para que a doméstica passeasse com a cadela da família. 


 
 
 
Segundo as investigações da polícia, enquanto Mirtes estava na parte de baixo do prédio, a criança quis encontrá-la. A patroa, que estava no apartamento com uma manicure, deixou o menino entrar sozinho no elevador para procurar a mãe e até teria apertado o andar de destino para a criança, conforme imagens das câmeras de segurança do prédio.

As câmeras do condomínio mostram que Miguel foi do quinto andar até o nono sozinho. Ao sair do elevador, abriu uma porta que dava para a área onde ficam peças de ar-condicionado, escalou a grade que protege os equipamentos e caiu de uma altura de 35 metros.

A mãe do menino passava pela portaria do prédio para pegar uma encomenda quando soube que alguém tinha acabado de cair. Correu para ver quem era e descobriu que era o seu filho. 

O garoto foi levado pela mãe e a patroa para o Hospital da Restauração, mas não sobreviveu.


Um mês depois


Nessa quarta-feira (1º), a ex-patroa de Mirtes, Sari Cortefoi indiciada por abandono de incapaz que resultou em morte

Para o delegado Ramon Teixeira, responsável pelo inquérito, a primeira-dama de Tamandaré cometeu “crime preterdoloso”, de conduta dolosa, porém resultado na forma culposa. A pena para quem comete pode variar de quatro a 12 anos de prisão. 
 
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina