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Estado de Minas PANDEMIA

Dimensão continental do Brasil aumenta desafios no combate ao coronavírus

Em um país com mais de 40 mil mortos pela COVID-19, estados que enfrentam situação crítica contabilizam mais vidas perdidas do que nações inteiras. Especialistas alertam sobre os riscos da flexibilização do isolamento no momento em que o Brasil é o epicentro da doença


14/06/2020 14:50 - atualizado 14/06/2020 15:00

Brasil acumula 850.514 mil casos de COVID-19 e ocupa o segundo lugar no ranking mundial de mortes
Brasil acumula 850.514 mil casos de COVID-19 e ocupa o segundo lugar no ranking mundial de mortes (foto: AFP )
O Brasil é um país de proporções continentais, com 8,51 milhões de quilômetros quadrados divididos em 26 estados e o Distrito Federal. Em meio à pandemia que atinge o mundo, nas terras brasileiras, em cada região do país, o governo depara-se com uma realidade diferente. Ao todo, o Brasil acumula 850.514 mil casos e ocupa o segundo lugar no triste ranking mundial de mortes, com 42.720 vítimas. Enquanto há estados, como Santa Catarina, que registram menos de 1,5% de mortalidade, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará acumulam números mais altos do que os registrados na China, primeiro epicentro da pandemia. 

Para Eliana Bicudo, infectologista e assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é importante a compreensão de que as estratégias de combate à COVID-19 não devem ser iguais por todo o país. A realidade entre os estados é diferente e, por isso, são necessárias medidas também distintas para frear a disseminação do vírus. A especialista esclarece não ser tão simples comparar a situação entre países, pois os dados têm que ser equivalentes. “Se comparamos números absolutos, a impressão pode ser de que estamos piores do que na Itália, por exemplo. Mas se analisarmos proporcionalmente, vemos que ainda estamos com uma situação melhor do que esteve lá”, exemplifica. 

Algumas unidades federativas, no entanto, ganham dimensão de países em relação aos números do novo coronavírus. São Paulo, por exemplo, soma mais mortes do que a Alemanha inteira. Enquanto o estado paulista perdeu 10.581 vidas para o coronavírus, o país europeu registrou, até o momento, 8.793 pessoas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. A comparação proporcional à população deixa a tragédia ainda mais evidente. Em São Paulo, morreram 230,52 pessoas por milhão de habitantes, mais do que o dobro da taxa de mortalidade da Alemanha, de 105,94. 

(foto: Ilustração Correio Baziliense)
Epicentro da pandemia no Brasil, o estado paulista registrou o primeiro caso em 26 de fevereiro; a primeira morte, em 17 de março. Mas só aderiu à quarentena em 24 de março e, desde o primeiro dia de junho, adota o Plano São Paulo, conjunto de ações do governo para acompanhar a evolução da epidemia de forma regionalizada.

Riscos da retomada


Eliana Bicudo alerta sobre os riscos da adesão à flexibilização neste momento da doença. “Não é nem uma segunda onda. Os nossos epicentros estão todos no auge, diferentemente do que vemos nos Estados Unidos, muito por causa dos protestos, que estão começando a ter um novo crescimento da quantidade de casos”, explica. Sobre o único país à frente do Brasil em número de infectados, a médica pondera: “Os Estados Unidos atrasaram a preocupação. Essa pandemia tem a característica de mostrar a fragilidade do sistema de saúde frente a um vírus”. 

O estado do Rio soma 7.592 mortes provocadas pela  COVID-19, número que supera o total de vítimas da Rússia, do Peru e da Turquia em números absolutos e proporcionais. Ceará (4.829), Pará (4.177), Pernambuco (3.784) e Amazonas (2.465) também superam países inteiros em número de óbitos, como África do Sul, Chile e Portugal.

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