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Estado de Minas CORONAVÍRUS NO BRASIL

Brasil tem terceiro dia de recorde de mortes por COVID-19 e passa Itália em óbitos

País registrou mais 1.473 mortes; ao todo são 34.021 óbitos


postado em 04/06/2020 22:13 / atualizado em 04/06/2020 22:39

 Brasil tem terceiro dia de recorde de mortes por COVID-19 em 24h(foto: STR-AFP)
Brasil tem terceiro dia de recorde de mortes por COVID-19 em 24h (foto: STR-AFP)

De quarta-feira para esta quinta, o Brasil registrou mais 1.473 mortes por COVID-19. No início desta noite, o Ministério da Saúde ainda confirmou mais 30.925 novos diagnósticos positivos para o novo coronavírus. O país agora contabiliza 34.021 mortes e 614.941 casos da doença. Esse é o terceiro dia consecutivo de recorde de mortes em 24 horas.

Com a atualização, o Brasil passou a Itália em número de mortes e agora é o terceiro país do mundo com mais óbitos. Em segundo lugar está o Reino Unido (39.987 óbitos) e, em primeiro, os Estados Unidos (108.120 óbitos). A Itália, que até então era o terceiro país com mais mortes da doença causada pelo novo coronavírus, tem 33.689 óbitos.

O balanço anterior da pasta federal registrava 32.548 mortes e 548.016 casos. De terça para quarta foram contabilizados 1.349  novos óbitos e 28.633 novos diagnósticos positivos. O recorde de casos em 24 horas é de 33.274, registrado em 30 de maio.

Pelo menos 325.957 pessoas estão em acompanhamento, de acordo com a pasta. E 254.963 se recuperaram. 

A alta ocorre em meio a anúncios de flexibilização das medidas distanciamento social em estados que têm visto crescimento no número de óbitos pelo novo coronavírus, como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Ceará.

Todos os estados brasileiros já têm óbitos confirmados. O mais afetado segue sendo São Paulo, que, nesta quinta-feira, 4, atingiu a marca de 8.561 mortos pela doença, sendo 285 óbitos nas últimas 24 horas. Seguido pelo Rio de Janeiro, que registrou um novo recorde de óbitos pelo novo coronavírus. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) foram 317 mortes entre a quarta e esta quinta-feira. Assim, oficialmente 6.327 pessoas já morreram pela doença no Estado. 

Ministério nega atraso proposital na divulgação de dados da covid-19

Mais uma vez, o Ministério da Saúde atrasou a divulgação dos dados referentes ao coronavírus no Brasil. Na última quarta-feira, 3, data de maior número de mortes confirmadas em 24 horas, a equipe do Ministério da Saúde informou que o dado sairia apenas às 22h por "problemas técnicos". A divulgação tem sido feita cada vez mais tarde. Nesta quinta, foram duas horas de atraso. 

No começo da pandemia, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM), a situação epidemiológica era apresentada diariamente em entrevista à imprensa. Desde o começo de maio, os dados passaram a ser divulgados depois das 19h e são comentados por técnicos apenas em declarações a jornalistas no dia seguinte.

100 dias de coronavírus no Brasil


Brasil completa, nesta quinta-feira, 100 dias desde o primeiro caso de coronavírus registrado oficialmente em 26 de fevereiro e 20 dias sem ministro na pasta da Saúde, desde que Nelson Teich, pediu demissão. Neste período o Ministério está sob a guarda do general Eduardo Pazuello, que foi oficializado como ministro interino. 

Os números globais da Covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. A covid-19 se tornou a principal causa de mortes dos brasileiros, que já mata diariamente mais do que enfartes no Brasil. Essa é uma das conclusões da comparação entre o número diário de mortes por coronavírus e a média das principais causas de óbitos no País de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados mais atualizados do órgão são de 2018.

A Organização Mundial da Saúde diz que o pico do novo coronavírus no continente ainda não foi atingido. Em 22 de maio, a entidade classificou a América do Sul como o novo epicentro da pandemia, destacando que o Brasil é o local mais afetado da região.

O Brasil distribuiu até o momento 3.129.808 testes PCR aos estados, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao todo, 752.448 exames foram solicitados em laboratórios públicos. E, desses, 556.094 foram analisados. A média de exames realizados é de 36.325 por semana. A pasta diz que, entre testes laboratoriais e rápidos, foram realizados 1,8 milhão de exames no País. 

Na última terça-feira, 2, o Ministério Público Federal determinou a abertura de um inquérito civil público para apurar a baixa aplicação de dinheiro público, por parte do governo de Jair Bolsonaro, no combate à pandemia do novo coronavírus. 

Segundo informações prévias obtidas pelos procuradores, do montante de R$ 11,74 bilhões disponibilizados para execução direta, pelo Ministério da Saúde, somente R$ 2,59 bilhões haviam sido empenhados e apenas R$ 804,68 milhões foram efetivamente pagos até 27 de maio. Isso significa que, até a data verificada pelo MPF, apenas 6,8% dos recursos disponíveis haviam sido gastos. 

Também na terça-feira, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que lamenta por todos os mortos, mas que esse é o destino de todo mundo. A afirmação foi feita após uma apoiadora pedir uma palavra de conforto para os "enlutados, que são inúmeros". "A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo", disse o presidente.


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