A cada 100 mortos por coronavírus no Brasil, 85 têm mais de 60 anos. O dado foi divulgado no início da noite desta sexta-feira, pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, em coletiva no Palácio do Planalto. O número diz respeito aos 286 óbitos que já tiveram as investigações concluídas. Ao todo, são 359 mortes no país.
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R$ 553 mil de multa da Petrobrás será destinado ao combate à covid-19 em SantosMandetta: Momento é de estresse; todo mundo está muito estressadoBrasil registra 359 mortes por coronavírus; ao todo são mais de 9 mil casos confirmadosPesquisadores estimam 41 mil casos de COVID-19 no Brasil até o dia 20Coronavírus: Ministério da Saúde recomenda utilização de máscaras no transporte coletivoAlém disso, do total de mortos já investigados, 165 são homens e 121 são mulheres.
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Segundo o Ministério da Saúde, 82% dos mortos apresentavam pelo menos um fator de risco. Entre as doenças, a mais frequente é a cardiopatia (164 dos casos), diabetes (114) e pneumopatia (45). Nesse caso, os números superam a quantidade de óbitos, já que é possível uma pessoa apresentar mais de um fator ao mesmo tempo.Outro dado divulgado diz respeito às hospitalizações, número importante para as previsões de necessidades de leitos em todo o território nacional. Comparando com o mesmo período de 2019, o número de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), cresceu 212%. Atualmente, há 7.216 pessoas hospitalizadas por SRAG, enquanto no mesmo período do ano passado eram 1.123.
A pasta federal também informou que nas últimas 24 horas foram registradas 1.146 novos casos de Covid-19 no país - o número equivale a 20% em relação ao total registrado no boletim anterior.
Na coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, analisou o dado: “A grande maioria (das pessoas contaminadas) chegam ao hospital a partir do sétimo (após a contaminação) e no décimo dia pioram. Então, quando você aumenta os casos, você já antevê que na outra semana vai ter um aumento de pressão no sistema”, explicou.
Incidência O Distrito Federal é a unidade federativa que apresenta o maior coeficiente de incidência (número de casos por 100 mil habitantes). Ao todo, o DF tem 13,2 casos a cada 100 mil pessoas.
Em segundo lugar está São Paulo, com 8,7; Ceará, com 6,8% e Rio de Janeiro e Amazonas, com 6,2% ambos.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa