Jornal Estado de Minas

85% dos mortos por coronavírus têm mais de 60 anos, diz Ministério da Saúde


A cada 100 mortos por coronavírus no Brasil, 85 têm mais de 60 anos. O dado foi divulgado no início da noite desta sexta-feira, pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, em coletiva no Palácio do Planalto. O número diz respeito aos 286 óbitos que já tiveram as investigações concluídas. Ao todo, são 359 mortes no país.



Ainda segundo os dados, das 286 mortes, 242 tinham mais de 60 anos. Outros 30 estavam entre 40 e 59 anos, 13 entre 20 a 39 e apenas um entre 6 e 19 anos. Ainda não foram registradas mortes entre crianças na faixa etária entre 0 e 5 anos. 

Além disso, do total de mortos já investigados, 165 são homens e 121 são mulheres.

Problemas anteriores

Segundo o Ministério da Saúde, 82% dos mortos apresentavam pelo menos um fator de risco. Entre as doenças, a mais frequente é a cardiopatia (164 dos casos), diabetes (114) e pneumopatia (45). Nesse caso, os números superam a quantidade de óbitos, já que é possível uma pessoa apresentar mais de um fator ao mesmo tempo.

Outro dado divulgado diz respeito às hospitalizações, número importante para as previsões de necessidades de leitos em todo o território nacional. Comparando com o mesmo período de 2019, o número de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), cresceu 212%. Atualmente, há 7.216 pessoas hospitalizadas por SRAG, enquanto no mesmo período do ano passado eram 1.123.



A pasta federal também informou que nas últimas 24 horas foram registradas 1.146 novos casos de Covid-19 no país - o número equivale a 20% em relação ao total registrado no boletim anterior.

Na coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, analisou o dado: “A grande maioria (das pessoas contaminadas) chegam ao hospital a partir do sétimo (após a contaminação) e no décimo dia pioram. Então, quando você aumenta os casos, você já antevê que na outra semana vai ter um aumento de pressão no sistema”, explicou.

Incidência O Distrito Federal é a unidade federativa que apresenta o maior coeficiente de incidência (número de casos por 100 mil habitantes). Ao todo, o DF  tem 13,2 casos a cada 100 mil pessoas. 

Em segundo lugar está São Paulo, com 8,7; Ceará, com 6,8% e Rio de Janeiro e Amazonas, com 6,2% ambos.

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa