Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Fãs lamentam a morte de Daniel Azulay, vítima da Covid-19

 

A morte do artista Daniel Azulay, de 72 anos, ocorrida nesta sexta-feira, causou grande comoção entre seus fãs. Daniel, que estava em tratamento de uma leucemia, foi contaminado pelo coronavírus e não resistiu. Sua morte causou tristeza sobretudo naqueles que foram crianças nos anos 70 e 80.


Pelas redes sociais, várias pessoas manifestaram pesar pela morte do artista.

 

“Uma das lembranças de ser criança no Brasil, ver Daniel Azulay desenhar em plano fechado com Pilot azul ou preto numa folha de papel. 1979? 1980? 1981? Grande abraço e descanse em paz. Pelo Corona”, disse o cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do aclamado longa-metragem Bacurau.

O youtuber Felipe Neto disse que “Daniel Azulay marcou a infância de toda uma geração e impactou várias outras. Agora, nos deixa graças ao COVID-19... Que tristeza absurda...”.


O ator e dublador Guilherme Briggs relembrou que seu primeiro contato com a televisão foi no palco de um dos programas comandados por Azulay. “Me tratou com respeito, carinho e atenção, como sempre fazia com todas as crianças”, disse Briggs. 




“Meus primeiros rabiscos tiveram sua influência, aliás, quem da minha geração não ficava de olho na tv pra aprender a desenhar com ele, né? Vá em paz, querido Daniel!”, disse o chargista mineiro Duke.


Vida e obra

Daniel Azulay fez grande sucesso na televisão entre os anos 70 e 90, com programação educativa voltada para o público infantil.


"Desenhista e educador. Mas também é pintor, músico, escritor, ilustrador de livros infantis e bacharel em Direito por formação.". Essa é a definição descita no site oficial de Daniel Azulay.




Em 1975, Azulay criou a Turma do Lambe-Lambe, que ficou no ar durante 15 anos consecutivos TV Bandeirantes e na Educativa.

Em 1996 retornou à Band-Rio por mais quatro anos apresentando a “Oficina de Desenho Daniel Azulay”. Em 2003, 2004 e 2005 apresentou a “Turma do Lambe-Lambe” na TV Rá-Tim-Bum da TVCultura e “Azuela do Azulay” no Canal Futura.


Durante mais de uma década, Daniel Azulay influenciou a geração dos Anos 80 como pioneiro, ensinando muita gente pela TV a fazer brinquedos de sucata, esculturas de bexiga “Bolamania”, a brincar e desenhar usando a imaginação com jogos de raciocínio.