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Estado de Minas ASSASSINATOS

Após atentados, reforço federal

Força Nacional será enviada à terra indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão, onde índios foram mortos a tiros


postado em 10/12/2019 04:00 / atualizado em 09/12/2019 20:48

Os agentes da Força Nacional devem ficar no Maranhão por 90 dias, prazo que poderá ser prorrogado (foto: FNSP/MJ/Divulgação - 4/1/19)
Os agentes da Força Nacional devem ficar no Maranhão por 90 dias, prazo que poderá ser prorrogado (foto: FNSP/MJ/Divulgação - 4/1/19)

Brasília – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou ontem o uso da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na terra indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão, onde dois índios foram assassinados no último fim de semana após ataques a tiros. O texto informa que o objetivo é apoiar o trabalho da Fundação Nacional do Índio (Funai) nas ações de segurança pública por 90 dias, a partir de 10 de dezembro. O prazo pode ser prorrogado caso seja necessário. O ministério ainda vai definir o número de servidores enviados para a operação.

No domingo, o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular em exercício no Maranhão, Jonata Galvão, afirmou que o governo federal deveria adotar medidas efetivas para proteger os territórios indígenas do estado, e não agir apenas após os ataques acontecerem. “São só respostas reativas às barbaridades que têm acontecido. Queremos saber se o governo federal vai ficar reativo aos atentados ou se vai estruturar uma medida concreta e agir para combater esses crimes”, disse. “Não temos medidas efetivas do ponto de vista da proteção no âmbito federal dentro das terras indígenas no Maranhão. Os territórios indígenas no Brasil e no Maranhão estão pedindo socorro", disse Galvão.

O caso

No início da tarde de sábado, dois índios da etnia guajajara morreram após atentado a bala às margens da BR-226, no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, 500 quilômetros ao sul da capital São Luís. Segundo a Funai, os indígenas foram atingidos por tiros disparados por ocupantes de um veículo Celta, de cor branca e com vidros espelhados. Antes, em 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na terra indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões.

O caso ganhou projeção internacional. A jovem sueca Greta Thunberg, ativista contra os efeitos das mudanças climáticas, criticou o ataque e disse que os povos indígenas do Brasil estão sendo atacados por proteger as reservas naturais. “Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”.


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