Com o surto de sarampo que atinge a capital paulista e outras cidades do Estado, as vacinas tríplice viral e tetraviral (as duas que protegem contra a doença) estão em falta na rede particular. O imunizante está disponível nos postos de saúde da rede pública. O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com sete clínicas de vacinação da capital e da região metropolitana e foi informado por todas elas que a vacina está em falta, sem previsão de reabastecimento. O quadro foi confirmado à reportagem pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVAC).
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Situação do surto de sarampo na Grande SP é de emergência, diz MinistérioSarampo faz Ministério da Saúde declarar emergência na Grande São PauloConfirmada primeira morte causada por sarampo na cidade de São PauloA associação informou que não há previsão para o recebimento de número expressivo de doses suficiente para suprir a demanda. "Há uma expectativa de chegada de novas doses nas próximas semanas, mas tendo em vista essa grande demanda, ainda será uma quantidade insuficiente", disse a entidade, em nota.
Um dos principais fornecedores da vacina para a rede privada, o laboratório MSD informou que, embora o processo de produção dos imunizantes esteja normal, "o mercado está vivenciando um pico de demanda relacionado com um surto global de sarampo".
A farmacêutica informou que, somente no primeiro semestre deste ano, o número de doses vendidas à rede particular brasileira saltou 392% no caso da tríplice viral e 215% no da tetraviral em comparação com o mesmo período do ano passado.
A empresa afirmou que tem realizado "esforços adicionais para priorizar o atendimento da demanda atípica". Entre as ações, a empresa destacou uma remessa extra de 20 mil doses enviadas ao Brasil e liberadas para comercialização no dia 19 de agosto.
Remessas
De acordo com a MSD, estão confirmadas outras remessas adicionais da tríplice viral ao Brasil para novembro e dezembro. Gratuita no Sistema Única de Saúde (SUS), a vacina contra o sarampo custa nas clínicas particulares de R$ 100 a R$ 250, segundo a ABCVAC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..