Os passageiros do ônibus sequestrados na manhã desta terça-feira, 20, na Ponte Rio-Niterói contaram que o sequestrador William Augusto do Nascimento, de 20 anos, disse que não queria machucar ninguém nem roubar nada. Segundo os reféns, o homem dizia apenas que queria "entrar para a história".
A ação toda, no entanto, parecia planejada, segundo as testemunhas. O sequestrador havia levado os potinhos de garrafa PET para colocar gasolina, barbante para amarrar os passageiros, coquetel molotov, além de uma faca, uma arma falsa e teaser.
Leia Mais
Homem faz passageiros de ônibus reféns na ponte Rio-NiteróiSequestrador ameaça colocar fogo em ônibus, Ponte Rio-Niterói segue interditadaSequestrador é morto por atirador de elite na Ponte Rio-NiteróiSegundo Miller, embora ele tenha pendurado os potes com gasolina por todo o ônibus, em nenhum momento ele ameaçou botar fogo no veículo.
"Ele disse que não queria tocar fogo no ônibus e que só queria dinheiro do Estado, que quem ia pagar a conta era o Estado", disse.
O professor chegou a fazer cartazes com informações sobre o sequestrador para passar informações à polícia. Ele colocava os avisos entre o vidro e as cortinas, que tinham sido fechadas por determinação do criminoso.
Daniele Farias, de 38 anos, mulher de um outro refém, com quem manteve contato por mensagem durante todo o sequestro, contou uma história parecida.
"Meu marido falou comigo o tempo todo, dizendo que estava tudo bem, que ele não estava ameaçando ninguém, que estava calmo e que o que ele queria era parar a cidade, botar o terror", declarou Daniele..