Quatro barragens de rejeitos em Minas Gerais estão com nível de alerta 2 para rompimento, modo imediatamente anterior ao que indica risco iminente de colapso, conforme informações da Defesa Civil. Três estruturas pertencem à Vale, e uma à mineradora ArcelorMittal. Na noite de quarta, 27, o nível de emergência de três barragens da Vale foi elevado para 3, que é o indicador de ruptura iminente.
As barragens com nível 2 são Vargem Grande, em Nova Lima, e Forquilha II e Grupo, em Ouro Preto. As três são da Vale. Há ainda, neste status, Serra Azul, da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu. Já as barragens com nível 3 são Sul Superior, em Barão de Cocais, B3/B4, em Nova Lima, Forquilha I e Forquilha III, em Ouro Preto. As quatro pertencem à Vale.
Uma barragem no estado foi colocada em nível 1, a B1/B4, da Mosaic Fertilizantes, em Araxá, de rejeitos de minério de fosfato. Segundo as regras de segurança de uma portaria do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) os modos para identificar problemas nas represas levam em consideração pontuação atribuída à estrutura a partir de avaliação física das estruturas.
O nível 1 mostra que a avaliação física feita na barragem resultou pontuação não superior a 10.
O nível 3 é a possibilidade de a represa se romper a qualquer momento. Neste caso, como foi ultrapassado o nível 2, em que moradores da Zona de Auto-Salvamento foi evacuado, é realizado treinamento para possíveis atingidos, que não estão a menos de 10 quilômetros da barragem, ou 30 minutos do avanço da lama, na chamada Zona Secundária. Todos os moradores próximos às barragens que estão em nível 2, cerca de 275 pessoas, já foram retiradas de suas casas.
A primeira represa a entrar em nível 3 no Estado, o que ocorreu na sexta-feira, 22, foi a de Barão de Cocais, cuja população passou por um treinamento de emergência para o caso de rompimento.