A Prefeitura de São Paulo deve publicar dentro de 30 dias um edital de chamamento público para receber projetos de um sistema de monitoramento eletrônico de pontes e viadutos da cidade, ainda em meio às ações para melhorar o controle dessas estruturas, iniciadas após o desabamento de parte do viaduto da Marginal do Pinheiros, em novembro.
O edital deverá credenciar empresas que já se apresentaram à Prefeitura oferecendo essa tecnologia, que será testada antes de a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) decidir por adotá-la. O secretário municipal de Obras, Vitor Aly, comentou a proposta nesta segunda-feira, 25, durante uma mesa redonda que discutiu a manutenção de obras de arte (como pontes e viadutos são chamados na engenharia), na Universidade de São Paulo (USP).
"A gente precisa avançar na questão da gestão", disse o secretário, ao dizer que já havia sido procurado por empresários alemães, franceses e italianos dispostos a repassar tecnologias para esses monitoramentos. Os sensores conseguem captar movimentos inesperados ou pesos excessivos nas estruturas, emitindo alertas para computadores da Prefeitura.
"Estamos ainda entendendo qual será o programa de gestão. O que vamos deixar (de legado)", disse ele. O chamamento será feito para inscrever essas empresas formalmente na cidade e permitir que operem. "Se vão ser três, duas, uma (ponte), depende de cada empresa, da capacidade dela", disse Aly. Se o monitoramento se mostrar eficiente, a ideia é que seja feita uma licitação regular para a compra desses sistemas.
As discussões na mesa redonda ficaram em torno de como o setor da engenharia deve organizar a manutenção preventiva das estruturas viárias (e outras obras) do País, e contou com representantes de associações de classe da engenharia e professores da USP.
Segurança
Aly comentou a aproximação dos grupos estrangeiros enquanto contou bastidores das obras de recuperação do viaduto da Marginal.