A Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou esta semana diversas medidas de segurança com que pais devem se atentar na hora da compra dos presentes de Natal. A primeira orientação é observar se o brinquedo tem selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e se a faixa de idade que consta na embalagem é compatível com a da criança.
Segundo o vice-presidente da SBP, Edson Liberal, mesmo tendo tomado essas medidas, o médico aconselha que os pais vejam se o brinquedo não solta nenhuma peça, especialmente se for destinado a crianças de um a três anos de idade. Outra medida importante é adquirir brinquedos vendidos em lojas que tenham controle de nota fiscal, porque facilita que seja um brinquedo garantido.
Para famílias que tenham filhos em idades diferentes, a SBP orienta os pais a conversar com os filhos maiores para que eles se tornem parceiros de modo a evitar que os irmãos menores brinquem com produtos que tenham peças reduzidas.
Armas x brinquedos
Edson Liberal afirmou também que as pessoas devem evitar dar às crianças e adolescentes brinquedos como armas. “O brinquedo tem que ser uma coisa lúdica. Uma arma não se entende como uma coisa lúdica. As pessoas devem ser desestimuladas a comprar armas como brinquedos, porque não estabelecem uma afetividade, uma relação boa com outras pessoas. Então, de preferência, não dar”.
Em relação às bicicletas, a recomendação é que as pessoas deem o brinquedo junto com itens de proteção, como capacete, protetores de mão, de cotovelos, de joelhos. “Tem todo um paramento para a criança andar de bicicleta”. Do mesmo modo, ele disse que o espaço onde a criança vai brincar tem que ser o mais seguro possível.
O vice-presidente da SBP disse que brinquedos eletrônicos são bons porque ajudam no desenvolvimento da criança, mas alerta os pais para a necessidade de compartilhar esse momento. “É preciso que haja interatividade.
Riscos
Segundo o Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), os artigos da linha infantil respondem por 13% dos relatos recebidos entre os anos de 2006 e 2015. Desses, 28% estão relacionados a brinquedos. O Sinmac mostra, ainda, que escoriações e arranhões são as principais lesões causadas por brinquedos, com 18%; seguidos dos cortes (16%) e entorses e sufocamentos, ambos com 8% dos relatos registrados. Entre as partes do corpo mais atingidas, estão a mão, com 19%; o pé (13%); o rosto (11%) e órgãos internos (8%)..