Jornal Estado de Minas

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Escolas de SP reajustam mensalidades de 2019 acima da inflação oficial

As escolas particulares paulistas estão reajustando as mensalidades para 2019 em índices um pouco acima da inflação oficial. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, o reajuste nas escolas está ficando entre 5% e 7%. Já a inflação medida pelo IBGE através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula 4,56% nos últimos 12 meses.

Conforme Silva, a lei não estabelece um teto para o reajuste e as escolas têm autonomia para definir o índice conforme suas planilhas de custos. Ele disse que o índice oficial de inflação serve de referência, mas não é o único indicador usado pelas escolas. "Os insumos que mais impactam a planilha de custos, como o aluguel e as tarifas de energia, telefonia e água, são reajustados pelo IGPM (Índice Geral de Preços - Mercado), que pode chegar a 10% este ano. Mesmo assim, não vejo nenhuma escola reajustando em 10%", disse.

O presidente do sindicato afirma que os preços de equipamentos de informática, papel e pacotes tecnológicos são fixados em dólar, moeda que subiu muito acima da inflação. "Temos escolas de vários padrões, com preços que vão de R$ 400 a R$ 8 mil. É o mercado que regula quanto vai subir.

Se escolas de um mesmo padrão adotam reajustes diferentes, com certeza o pai do aluno vai escolher a que ficar mais em conta." Ele disse que são dez mil escolas no Estado e há muita concorrência. "Sabemos que há escolas fechando, por isso vimos recomendando que os índices sejam definidos com muita cautela."

As escolas são obrigadas a definir o índice de reajuste com 45 dias de antecedência ao início do ano letivo. Para a maioria, o prazo termina na próxima semana. As mensalidades só voltam a ser reajustadas ao final do próximo ano. "O reajuste fixado agora vai valer para todo o ano seguinte, independente do que acontecer lá na frente. Há um quadro mais favorável com a definição do novo governo, mas alguns custos não param de subir", afirmou Silva.

Dono do Colégio Albert Einstein, na capital, ele conta que o reajuste em sua escola ficou entre 5% e 7%. Ele justifica que o colégio adota uma estratégia de oferecer ao aluno do 9º ano do ensino fundamental e de todo o ensino médio um computador que ele usa durante o curso e, ao concluir o ciclo, leva para casa.
O Colégio Santa Maria, também na capital, manteve o reajuste entre 5% e 6%.

O Colégio Rio Branco, um dos mais tradicionais de São Paulo, reajustou em 6,5% as mensalidades para 2019. Segundo tabela divulgada pela escola, a mensalidade básica na educação infantil será de R$ 2.425,86 (doze parcelas), chegando a R$ 4.842,04 para o período regular, mais integral e bilíngue. A mensalidade do ensino fundamental vai de R$ 2.425,86 até R$ 4.975,53, conforme o nível, e a do ensino médio, de R$ 3.463,46 a R$ 3.636,11..