Dois casos de malária confirmados nos últimos dias no município de Ilhabela puseram em alerta o Litoral Norte do Estado de São Paulo. A região já era alvo de atenção por causa de casos confirmados, inclusive com óbitos, de febre amarela.
A Secretaria da Saúde confirmou o diagnóstico positivo para a malária, na última terça-feira, 20, em um bebê de 1 ano e 2 meses. No dia anterior, uma criança de quatro anos teve a doença confirmada. Os dois pacientes estão medicados, passam bem e aguardam alta hospitalar, segundo a prefeitura.
De acordo com a Secretaria da Saúde, as crianças moram em áreas com mata nativa, habitat do mosquito Anopheles, transmissor da doença.
Equipes da Vigilância Epidemiológica realizam varreduras nas regiões dos bairros do Reino e Perequê, onde surgiram os casos. Para controle, a prefeitura iniciou mutirões de limpeza e de conscientização de moradores em todos os bairros próximos dos casos. Ainda não existe vacina eficaz contra a doença disponível na rede pública de saúde, por isso devem ser evitadas as áreas de risco.
O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde informou que, este ano, foram registrados 6 casos da doença no Estado - o número não inclui os dois casos de Ilhabela, ainda em fase de notificação.
A região do Litoral Norte concentra a maioria dos casos de malária do Estado. A urbanização de áreas de mata favorece a transmissão da doença a humanos. Em São Sebastião, três pessoas tiveram a doença este ano. Outro caso foi registrado em Caraguatatuba.