A Prefeitura de São Paulo começa a debater nesta terça-feira, 30, nas 32 subprefeituras da capital a adoção de uma série de mudanças na sinalização viária dos principais corredores de cada bairro, para iniciar um programa que prevê, em dez anos, a redução à metade da taxa de mortes por habitante no trânsito paulistano. A discussão será sobre a implementação do Plano de Segurança Viário, que tem entre as ações a criação das chamadas "áreas calmas", locais em que rotatórias, lombadas, faixas de pedestre, calçadas e placas permitem redução da velocidade dos carros, combatendo atropelamentos - a principal causa de morte no trânsito da cidade.
A taxa atual na capital é de 6,5 mortes para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar a 3. Essas mudanças não dependeriam de aprovação formal, uma vez que a Prefeitura já tem atribuição de organizar o trânsito.
Mas o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano, diz que se optou por fazer audiências públicas para trazer organizações dos bairros para a discussão. "Se você debate a implementação de uma faixa de pedestres, você faz a população se conscientizar sobre a faixa, e passa a usá-la."
O programa tem base internacional, a chamada Visão Zero, que trabalha com a premissa de não aceitar nenhuma morte no trânsito. Experiências de "áreas calmas" já vêm sendo desenvolvidas na cidade nos últimos anos.
Zona leste
Nesta terça-feira, a discussão ocorre na Subprefeitura de Sapopemba, onde 22 pessoas morreram em acidentes no ano passado - a maioria de pedestres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..