Chuvas com ventos de até 120 km/h deixaram um rastro de destruição, na noite desta quinta-feira, 18, em ao menos vinte cidades da região oeste do Estado de São Paulo. Conforme registros da Defesa Civil, o fenômeno com características de vendaval, arrancou árvores com a raiz, derrubou postes e destelhou casas numa extensão de mais de 180 quilômetros, entre Presidente Prudente e Marília. Houve danos em Regente Feijó, Presidente Venceslau, Tarumã, Adamantina e Lucélia, além de outras cidades. Na manhã desta sexta-feira, 19, ao menos 50 mil domicílios estavam sem energia.
Em Presidente Prudente, as quedas de árvores danificaram uma casa e atingiram ao menos cinco carros. Num deles, o motorista teve ferimentos leves. Equipes da prefeitura já haviam retirado cerca de 30 árvores caídas em vias públicas e estimava que outras 20 ainda precisavam ser removidas. O vento arrancou telhas de uma escola municipal no bairro Cecap. Outra escola, no bairro Cambuci, estava sem energia.
Em Regente Feijó a queda de uma árvore atingiu um carro e interditou uma via de ligação com a rodovia Raposo Tavares (SP-270). Em Tarumã, postes caíram e uma grande torre metálica dobrou ao meio. Em Ourinhos, 2,3 mil domicílios ficaram sem energia em razão da queda de árvores sobre a fiação. O vento forte atingiu também Echaporã, derrubando mais de 20 árvores. Uma delas atingiu uma escola, danificando a estrutura. Dezenas de casas foram destelhadas.
Em Marília, o vendaval deixou 35 mil moradias sem energia elétrica, segundo a concessionária CPFL. O vento forte derrubou dezenas de árvores, algumas retiradas do solo com a raiz.
A força do vento virou um barco de pesca no Rio Tietê, em Pongaí. Os três ocupantes conseguiram nadar até a base de uma ponte e foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros, sem ferimentos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o vendaval teve mais força em Planaltina, onde foram registradas rajadas de mais de 120 km/h.