No último dia 31, Patrícia enviou mensagens a uma amiga pedindo socorro e afirmando
que o namorado queria matá-la. As mensagens vieram a público após o corpo da vítima ser encontrado.
Nelas (veja abaixo), Patrícia pede ajuda: "Amiga, vem aqui em casa! Corre! Yure quer me matar! Corre! Amiga, pelo amor de Deus, me ajuda", diz a jovem. A troca de mensagens indica que o suspeito entrou na casa dela, mas acabou saindo, dando chance a ela se abrigar na casa de uma vizinha.
Leia Mais
Marido de advogada que caiu do 4º andar é indiciado por feminicídioMP denuncia professor por feminicídio de advogada no interior do ParanáPesquisa mostra que 2 de cada 3 feminicídios ocorrem na casa da vítimaDias depois desse episódio, porém, Patrícia desapareceu e acabou sendo encontrada já morta. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas tenta esclarecer as circunstâncias em que se deu a morte. A principal linha de investigação é a de feminicídio, cometido com arma de fogo.
. OAB manifesta preocupação
Dados do Tribunal de Justiça do Tocantins apontam que, no estado, 7.314 casos de crimes contra a mulher foram ajuizados de janeiro de 2017 a julho deste ano. Somado isso a morte de Patrícia, a Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil do Tocantins (OAB-TO) emitiu, no início desta sexta-feira (10/8), uma nota pública manifestando preocupação com feminicídio no estado.
“A OAB Tocantins acredita que a redução da violência passa pela mudança da cultura do ódio, do desprezo ou do sentimento de perda da propriedade sobre as mulheres. Em uma sociedade marcada pela desigualdade de gênero, a Advocacia tocantinense se coloca ao lado da sociedade para construir soluções”, diz trecho do texto.
* Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende