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Estado de Minas

Mãe e filhos gêmeos estão na lista de vítimas de prédio que desabou


postado em 03/05/2018 07:48

São Paulo, 03 - As equipes de resgate trabalham oficialmente com quatro vítimas do prédio que desabou no centro de São Paulo após um grande incêndio. Uma mãe, Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e os dois filhos gêmeos (Welder e Wender, de 9 anos), estariam no 8° andar do prédio. Ricardo Amorim, de 30 anos, que estava sendo resgatado do 9º andar, no momento em que o edifício ruiu, é outro desaparecido. A informação foi confirmada pelo capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo nesta quarta-feira, 2.

Ex-companheiro de Selma, o vendedor Antonio Ribeiro Francisco, de 42 anos, apareceu na tenda montada pela assistência social na lateral do Largo do Paiçandu para oficializar o desaparecimento da vítima. Os dois têm uma filha de 14 anos juntos que, segundo ele, chama Quevelyn e mora na Bahia com a avó.

Francisco disse ter conversado com Selma às 21h de segunda-feira, 30, horas antes da tragédia, ocorrida por volta de 1h30 da terça-feira, dia 1º. "Ela falou que estava colocando umas plantinhas no vaso e ia dormir porque estava cansada e acordaria cedo no dia seguinte", conta. O ex-companheiro relata que a vítima não gostava muito de conversa e logo desligou a ligação. Após a tragédia, Francisco mandou mensagens no WhatsApp para ela, mas o texto não foi visualizado.

Segundo o vendedor, Selma trabalhava com reciclagem e morava no edifício havia cerca de seis anos. "É uma menina muito querida. Aliás, era, né? Sei que ela morreu. Já avisei para a nossa filha que a mãe e os irmãos dela morreram. Não vou ficar enrolando ninguém", afirma. "Eu me dava muito bem com a Selma. Era um amor de pessoa."

Um homem que se identificou como Itasir e diz ser o pai de Wender e Welder, os gêmeos de 9 anos, também esteve na tenda da Prefeitura para relatar o sumiço de Selma e dos meninos.

"Um homem veio fazer a reclamação oficial para a Assistência Social de que a sua mulher e dois filhos gêmeos, que moravam no 8° andar, estariam desaparecidos. Ele já procurou, já fez telefonemas. A Assistência Social está ajudando porque ela poderia ter sido transferida para outro albergue", disse Palumbo. "No mais, não foram localizadas essas outras possíveis vítimas, então colocaremos essas pessoas oficialmente como desaparecidas."

Mudanças

O Corpo de Bombeiros mudou a estratégia de busca por vítimas na madrugada desta quinta-feira, 3, quando se completaram 48 horas da queda do prédio. Teve início o uso de máquinas para retirar os escombros. "Estamos seguindo o protocolo internacional no resgate. Após 48 horas de um incêndio, as chances de sobreviventes nos escombros são muito reduzidas", disse o tenente Robson Mitsuo, chefe de operação.

(Juliana Diógenes, Isabela Palhares, Priscila Mengue e Renan Cacioli)


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