Ele fora desligado da corporação em 2001, por envolvimento em movimento grevista, teve uma sentença favorável de reintegração, mas ainda não voltou aos quadros da PM baiana. A restrição recente o deixou entristecido. A decisão não tem cabimento, não cometi crime. As discussões estavam sendo feitas dentro da legalidade. Avisamos a todos que devíamos falar sobre a abertura da mesa de negociação, disse ao Estado, por telefone, do seu apartamento na Avenida Paralela, uma das de maior circulação em Salvador.
A decisão o proíbe ainda de deixar a cidade e o impede, assim, de visitar os filhos de 9 e 14 anos que moram no interior.
Fizeram um dossiê e pintaram Prisco como se fosse um cara de alta periculosidade, com uma mente que deveria ser estudada. Eram acusações levianas, disse o advogado do parlamentar, Fábio Brito.
Prisco é um dos sete réus na ação do MPF na acusação de crimes contra a segurança nacional. Os três procuradores que assinam a petição citam que entre os objetivos dele com o motim de 2012 estava a intenção de catapultar o prestígio político com vista à ocupação ulterior de cargos eletivos. Munido da notoriedade deliberadamente obtida com os crimes contra a segurança nacional que praticou, ele voltou à carga no pleito de 2012, tendo sido, desta feita, eleito vereador com uma votação expressiva, citam os procuradores.
Na acusação, as autoridades expõem: os denunciados consorciaram-se para lesar e expor a perigo o Estado Democrático de Direito, para, com articulação nacional e nítida motivação política, aterrorizar a população baiana, ordenando e executando a prática de uma série de crimes. Prisco critica o suposto aproveitamento. Não se pode galgar um espaço legítimo na política? Não podemos ter voz, então? Se trata de ocupar um espaço democrático para demonstrar que se quer a mudança, disse.
Recentemente, por meio da página no Facebook, reclamou que teria de passar o carnaval em casa. Depois das 18 horas de hoje (sexta antes do carnaval) só poderei voltar a sair de casa na quinta-feira, dia 2, escreveu. E aproveitou para conclamar a categoria a seguir na cobrança por melhores condições de trabalho: Orientamos os policiais a trabalharem em defesa da sociedade, mas cobrando as condições dignas, mínimas, necessárias para o exercício profissional.
Estado
O governo baiano não respondeu aos questionamentos feitos.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..