Para soltar o policial, o juiz Camargo afirmou em seu despacho "que os fatos tratados são graves e deverão ser apurados de forma cabal. Entretanto, não entendo que custódia cautelar do investigado seja necessária como forma de evitar a prática de novos crimes. Trata-se de investigado primário, integrante do corpo da Polícia Militar, o que por si só demonstra que a sua liberdade não coloca em risco a sociedade".
Na nova decisão proferida nesta quinta-feira, o desembargador Walter da Silva considerou os argumentos do Ministério Público, que impetrou mandado de segurança contra a decisão de primeira instância. "Além da materialidade do delito, há fortes indícios de autoria, havendo a necessidade de prisão cautelar para garantia da ordem pública, que não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também acautelar os interesses sociais de segurança", afirmou o desembargador em seu despacho.
Segundo apurações da Polícia Civil, o marido da publicitária bateu o carro e derrubou uma amiga do PM quando dava marcha à ré e saiu sem prestar socorro. Nas imagens de câmeras de segurança, o policial e um amigo dele correm atrás do carro. Depois, o PM atira. O disparo acertou o pescoço da publicitária.