A unidade estava com quase 1,5 mil detentos.
Às 13 horas, o tenente coronel Flavio Kazume, comandante da PM, informou que a situação estava sob controle no interior da unidade, que ficou bastante avariada pelo incêndio. Segundo ele, a maioria dos detentos que havia fugido em direção à cidade tinha sido recapturada. As buscas se concentravam na zona rural, com apoio de forças policiais de outras cidades da região. Informações divulgadas pela manhã davam conta de que ao menos 200 presos haviam escapado.
A fuga em massa deixou a cidade em pânico. Alguns detentos roubaram carros para escapar e houve perseguição.
No início da tarde, os presos continuavam no pátio, enquanto as condições do prédio eram avaliadas. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Gilson Pimentel, contou que o motim teve início depois que funcionários viram um preso usando um celular e tentaram apreender o aparelho. Os outros detentos começaram a gritar palavras de ordem e o tumulto se espalhou. Segundo ele, ao espalhar o fogo pelas instalações, alguns presos ficaram feridos.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o tumulto teve início durante uma revista aos re-educandos do CPP3. "O incidente aconteceu após um agente de segurança penitenciária ter cumprido o seu dever profissional, ou seja, surpreendeu um preso se comunicando através de celular." Segundo a SAP, a situação foi controlada e o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), formado por agentes penitenciários, conclui com a PM a recontagem dos presos. A pasta não informou quantos presos fugiram e lembrou que, unidades do regime semiaberto, não têm muralhas e são cercadas por alambrados. Segundo a SAP, os recapturados seriam levados para o Centro de Detenção Provisória de Bauru..