Depois de eleito, Doria repassou o comando da associação empresarial a seu filho mais velho. Em nota, a Prefeitura afirmou não haver qualquer tipo de restrição para que o prefeito ou outra autoridade municipal faça palestras em evento promovido por empresas ou entidades empresariais. "O fato de um evento receber patrocínios do setor privado é irrelevante para o Município, uma vez que não há nenhuma vedação para que autoridades municipais ministrem palestras", disse a gestão Doria, que não vê assim nenhum tipo de conflito de interesses.
Os almoços promovidos pelo Lide são conhecidos por reunir empresários e políticos. Durante a campanha eleitoral, o tucano costumava dizer que seu grupo representava 56% do PIB nacional. Nesta lista podem estar empresas prestadoras de serviços para o Município ou concorrentes de processos de licitação em vigor.
Também em nota, o Lide afirmou que sempre convidou autoridades que estão em evidência e que geram debates de temas relevantes para a sociedade e para a classe empresarial - que é seu público - para participar de seus eventos. "Por essa razão, ministros, governadores, prefeitos e demais autoridades que estão nesta condição sempre foram convidados para expor suas ideias e debater nos encontros promovidos pelo grupo. O convite é para o ocupante do cargo.
O Lide também informou que a realização de todos os eventos requer patrocínio para sua viabilidade, como tem sido feito ao longo dos 14 anos de existência do grupo. "O Lide é uma empresa que possui gestão profissionalizada, cujo controle acionário não pertence mais a João Doria. O pressuposto da atuação do Lide é criar uma saudável aproximação entre modelos bem-sucedidos de gestão pública e privada, sempre com respeito a todos os limites legais e morais que se impõem.".