Jornal Estado de Minas

Secretário de Turismo é denunciado por morte de Montagner


Aracaju – O Ministério Público Estadual de Sergipe denunciou o secretário de Turismo de Canindé de São Francisco, José Dimas dos Santos Roque, pela morte do ator Domingos Montagner, que se afogou no Rio São Francisco em 15 de setembro, enquanto gravava suas últimas cenas da novela Velho Chico.

Segundo o órgão, o secretário foi acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), porque houve omissão do município e de seus gestores por não terem contratado salva-vidas nem sinalizado o local para o risco de afogamento.

O promotor estadual de Justiça do município Emerson Oliveira Andrade denunciou o secretário por conduta delituosa exposta devido à retirada de placas que informavam à população que a área não era adequada ao banho e que oferecia perigo em razão da correnteza e de redemoinhos no local. O Secretário de Turismo Dimas Roque disse que até o momento não foi intimado.

Montagner morreu após desaparecer nas águas do Rio São Francisco, onde foi arrastado pela correnteza. O ator tinha 54 anos e interpretava o personagem Santo na novela da TV Globo.

Ele havia gravado cenas na parte da manhã. Após o término da gravação, almoçou e, em seguida, foi tomar um banho de rio, acompanhado da atriz Camila Pitanga. Durante o mergulho, não voltou à superfície. Camila avisou à produção, que iniciou imediatamente a procura pelo ator.

A atriz descreveu o acidente para a polícia. Segundo ela, os dois foram até uma pedra e mergulharam no rio. Depois, ela notou que havia muita correnteza e avisou Domingos.
Eles nadaram de volta para a pedra, Camila chegou primeiro e tentou duas vezes segurar na mão do ator.

Segundo o delegado de Canindé do São Francisco, Antônio Francisco Filho, os atores queriam mergulhar em um local mais tranquilo. “Eles acharam que era seguro, mas, na verdade, era um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio em Canindé que não é comum ser utilizada pelos banhistas”, afirmou.

O corpo foi encontrado a 18 metros de profundidade e a 320 metros da margem do rio. E segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica provocada por afogamento..