Recife, 24 - Uma rebelião realizada na sexta, 22, na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, terminou com seis mortos e 11 feridos. As informações foram confirmadas neste sábado, 23, pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), depois de declarações feitas pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Carvalho, que alertou sobre a fragilidade da segurança da unidade, onde atualmente estão abrigados 1.922 detentos.
Durante a rebelião pelo menos dois prédios foram atingidos pelas chamas de um incêndio provocado pelos detentos. A identidade das vítimas e dos feridos não foi divulgada. Todos os mortos eram presos. Um inquérito será aberto para apurar as mortes registradas.
As visitas desse sábado foram suspensas, provocando nervosismo e preocupação entre as famílias dos detentos. Em nota, a Seres afirmou que não houve fuga e a situação é considerada estável no presídio. A motivação da rebelião, no entanto, não foi esclarecida.
Na noite do sábado, em entrevista a uma rádio local, o secretário de Ressocialização, Pedro Eurico, afirmou que os presidiários estariam insatisfeitos com a transferência de um grupo de detentos para outras unidades prisionais do Estado.
De acordo com o sindicato dos agentes penitenciários, o número de profissionais atuando, por plantão, é insuficiente e o clima é de muita insegurança. Segundo a entidade, o presídio está com mais que o dobro de sua capacidade, que é de 800 vagas.
Temos de seis a sete agentes por plantão.
Decapitação
Imagens captadas pelas câmeras de segurança teriam, segundo o presidente do sindicato, gravado cenas da decapitação de um dos mortos. Mas a informação não foi confirmada pela Seres.
Participaram do combate à rebelião policiais do Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres) e efetivos das polícias Militar e Civil..