Muratori disse que, antes de iniciar a perseguição, acionou a Central e informou a rede sobre a ocorrência. Eles me pediram mais informações, como placa e localização, e disseram que mandariam reforços, que não chegaram a tempo. Se fosse para eu abortar a missão, eles já teriam dito, afirmou o guarda-civil. O secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, encaminhou nesta quinta cópia dos áudios da conversa entre o guarda e a Central à Corregedoria da Guarda e ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
Segundo Haddad, a declaração do guarda pode ser comprovada, já que as conversas com a Cetel são gravadas. Essa informação é nova, afirmou.
O prefeito explicou que será apurado o envolvimento de outras pessoas, além dos três guardas-civis que participaram da ocorrência. Se ele recebeu (informação errada da Cetel), outra pessoa rompeu o protocolo. Se ele ligou para a Central, disse isso e recebeu uma orientação equivocada, isso está gravado, afirmou Haddad.
Que houve falha, nós já sabemos, mas de quem? Vamos apurar as responsabilidades.
Normas
Os guardas responderão por terem desrespeitado ao menos duas normas internas da corporação. Em uma delas, de 2008, é vetada a perseguição a veículos em atitudes suspeitas. A outra, de fevereiro deste ano, diz para não manusear arma no interior de viatura, não disparar contra veículo em fuga e não sacar a arma no interior de viatura antes do desembarque..