Investigadores da Polícia Civil tentam desvendar o assassinato de Jéssica Leite César, 20 anos, a partir do rastreamento do celular roubado da vítima. O caso, tratado inicialmente como latrocínio (roubo seguido de morte), pode sofrer uma reviravolta. O titular da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), Flávio Messina, não descarta a possibilidade de homicídio cometido por algum conhecido da estudante de jornalismo. Nesse caso, o telefone pode ter sido furtado por curiosos que se aglomeraram próximo ao corpo da vítima. Mensagens e fotos em redes sociais também estão sendo analisadas, assim como imagens de câmeras de segurança próximas. Entre as dificuldades na investigação estão a ausência de testemunhas, a falta de denúncias, informações desencontradas — incluindo presença de droga dentro da bolsa dela — e a baixa qualidade das imagens obtidas até agora.
Ontem, familiares e amigos se reuniram no Cemitério Campo da Esperança, no Plano Piloto, para o último adeus à Jéssica. Mais do que revolta, os sentimentos principais eram de tristeza e impotência diante da violência. A jovem era conhecida por sua alegria e facilidade em fazer amizades.
A esperança é que se descubra o assassino. Sobre isso, a linha de investigação de homicídio surgiu após a polícia constatar que a mochila da jovem — com carteira, casaco e chips de celulares — permaneceu no local. Em coletiva, o delegado Flávio Messina afirmou que não havia drogas na bolsa. Mais tarde, ao prender três suspeitos do crime, ele confirmou a presença de “pouca quantidade de LSD e maconha”, mas afirmou que ainda precisava analisar a presença do “material”. Segundo apuração do Correio, a ocorrência aponta que havia uma balança de precisão e um “micro-selo (sic)”, porém sem a informação se eram de Jéssica ou se tinham sido plantados.
Messina destacou a falta de testemunhas e de imagens de qualidade. Também disse que a jovem não mantinha nenhum relacionamento amoroso e não há registros de ameaças contra ela. “Não é um latrocínio nem um homicídio simples. Não podemos nem dizer que o celular tenha sido levado pelo autor. É uma situação muito peculiar”, acrescentou..