A Polícia Civil goiana também apreendeu o celular do acusado, que contém diversos textos e mensagens pornográficas, incluindo fotos do sacerdote em atos libidinosos. O aparelho passará por uma perícia. “Eu não me choco com as atitudes desse tipo de autor. Infelizmente, pegamos muitos casos desse. A postura apática dele, no entanto, não é a que se espera de alguém que responde uma acusação como essa”, reforçou.
Pouco antes do abuso, a mãe e duas amigas cuidavam do garoto em uma piscina do clube.
Segundo a delegada, o adolescente só conseguiu repetir a versão na delegacia. “Quando ele entrou na sauna, o padre já estava lá com uma terceira pessoa, que não tem relação com o fato. Esse senhor saiu, e o sacerdote e a vítima ficaram a sós. Então, o acusado levantou-se e foi até o menino. Puxou conversa e perguntou o nome e a idade, entre outras coisas. Inicialmente, o jovem respondeu, mas não quis mais falar com o estranho. Quando se levantou para sair, o padre segurou a porta e disse que ele só sairia se fizesse o que ele queria”, detalhou Sabrina.
Consternada, a mãe percorreu o clube de mãos dadas com o filho e encontrou o suspeito em uma mesa, bebendo com amigos. “Ela começou a perguntar por que ele tinha feito aquilo.
A administração do local levou a mãe e o filho para uma sala, o padre para outra e acionou a Polícia Militar goiana. Quando os PMs chegaram, o menino não conseguiu repetir a história, mas o sacerdote confirmou que esteve com ele na sauna. Diante disso, a equipe os levou para a delegacia. “Quando conversamos, o padre disse que percebeu que o garoto era deficiente. Assumiu ser homossexual, o que se confirmou pelas imagens no celular. Ele é padre. Não se espera que tenha relacionamentos sexuais. Os palavrões e as conversas com terceiros registradas no aparelho, que tenho vergonha de repetir, demonstram uma atitude diferente do que se espera de um religioso”, aponta a delegada.
A Igreja Católica afastou o padre, ordenado em dezembro de 2013, por tempo indeterminado. Ele atuava na paróquia de Frutal, em Minas Gerais.
Além disso, a Arquidiocese se desculpou. “Pedimos perdão por qualquer constrangimento ou dor que pudemos causar com tal fato e esperamos que tudo seja averiguado e resolvido o mais rápido possível”, conclui a nota..