De acordo com a Sejus, todas as mortes foram decorrentes dos conflitos entre internos ocorridos no sábado e domingo. Desses 18, dez corpos serão identificados por exame de DNA.
No fim da segunda, uma rebelião foi registrada na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima. Policiais militares e agentes penitenciários entraram na unidade para fazer a contenção e, de acordo com o governo cearense, ninguém ficou ferido.
Ao longo desta terça, nenhuma unidade registrou conflitos. Em algumas delas, os próprios internos estão fazendo a limpeza das estruturas após os conflitos.
A Sejus confirmou a transferência emergencial de internos para o Centro de Execução Penal e Integração Social, nova unidade prisional do Complexo Itaitinga II, que está com 95% das obras finalizadas. A medida teve como objetivo resguardar a integridade física desses internos, visto que eles foram ameaçados por outros internos, informa o órgão por meio de nota.
A pasta negou que tenha ocorrido interrupção no fornecimento de água e de comida e assegurou que assistentes sociais estão na entrada dos complexos e nos prédios da Secretaria oferecendo apoio aos familiares.
Contato
Alguns presos estão se comunicando com os parentes por meio de celulares, prática vetada no interior das unidades e com punição prevista em lei.
Nas conversas reproduzidas por redes de televisão locais, os detentos confirmam que a revolta começou porque a visita das mulheres foi cancelada por conta da greve dos agentes penitenciários. O problema do Carrapicho (como é conhecida a unidade prisional de Caucaia) e da CPPL (Casa de Privação Provisória de Liberdade) é que os agentes não deixaram entrar visita, diz um dos presos.
Também pelo celular, eles afirmaram que foram transferidos da CPPL 4 para outra penitenciária que ainda está em construção.