Os dados foram extraídos dos balanços financeiros e notas explicativas divulgados ao mercado pelas companhias (Anima, Kroton, Estácio e Ser). As informações foram processadas e analisadas pela consultoria de Oscar Malvessi, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).
"As restrições ao Fies não tiveram impacto para essas empresas. Elas continuaram crescendo, aumentaram o número de alunos, a economia delas é saudável", disse Malvessi. Em 2015, os grupos aumentaram em 7,7% o número de alunos, em relação ao ano anterior, e alcançaram 1,03 milhão de alunos - 45% deles bolsistas do Fies.
"Essas empresas aproveitaram o Fies para crescer e tiveram muito sucesso financeiro. Mas não repassaram aos professores, não investiram em qualificação e melhoria do ensino.
Para Rodrigo Capelato, diretor do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), os grupos mantiveram crescimento em 2015, pois absorveram os alunos que não conseguiram o Fies. "Havia uma grande demanda dos estudantes que não sabiam das mudanças no programa e as empresas absorveram esses alunos com crédito estudantil e bolsas próprias. Ou seja, aumentaram a base de alunos, mas não o caixa."
Anima, Estácio e Kroton disseram ter gestão focada na eficiência de gastos e política de valorização docente, "o que se reflete no desempenho dos alunos em exames e boa colocação no mercado de trabalho". O grupo Ser não respondeu ao questionamento. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..