"A gente pede desculpas pelo transtorno na cidade, mas foi necessário. A classe está sofrida e precisava chamar a atenção de quem de direito. Foi muito bom saber que a prefeitura vai entrar com novo recurso na Justiça, e com a participação dos taxistas. A prefeitura está do nosso lado. É o mínimo que a gente espera", disse o motorista autônomo Igor Santos, um dos líderes do protesto de sexta-feira.
"O Uber primeiro começou a circular, para depois ser regulamentado, quando deveria ter sido contrário", alegou André de Oliveira, presidente da Associação de Assistência ao Motorista de Táxi do Brasil. A categoria se comprometeu com o secretário de Transportes, Rafael Picciani, a não organizar novas manifestações que prejudiquem o fluxo do trânsito.
Pela decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro/RJ) e a Secretaria Municipal de Transportes serão multados em R$ 50 mil diários por cada multa aplicada ou veículo apreendido caso as medidas tenham ocorrida em represália à atividade do Über.
O secretário disse que serão usadas novas alegações na Justiça, como a necessidade de se regulamentar o Uber antes que os carros sejam liberados, uma atribuição municipal, conforme apregoa o Estatuto das Cidades. "Vamos continuar na Justiça. A prefeitura não faz julgamento de mérito sobre o serviço e entende o direito de livre escolha da população, mas é um novo sistema, sobre o qual é preciso ter alguma forma de controle. Então, ao nosso ver, o Uber continua ilegal.".