Por volta das 23h, os jovens saíam da Escola Estadual São João Evangelista, localizada na Rua Forte de Cananeia, onde estudavam no período da noite. O grupo foi abordado por quatro criminosos em duas motocicletas quando estavam na esquina com a Rua Forte do Leme, a cerca de 350 metros do colégio. Todos usavam capacetes, motivo pelo qual as vítimas não conseguiram descrevê-los à polícia.
Segundo testemunhas, um homem que estava na garupa de uma das motos desceu e abordou os adolescentes. "É o seguinte", disse o bandido aos jovens, sem concluir a frase. Nesse momento, Leonardo tomou a frente da única garota do grupo, uma jovem de 15 anos, para protegê-la. De acordo com a menina, a vítima, pensando se tratar de um assalto, ainda pôs a mão no bolso para retirar o celular, mas acabou baleado.
A versão de outra testemunha, um adolescente de 16 anos, é um pouco diferente. Durante a abordagem, o criminoso teria virado o rosto, a fim de sacar a arma, presa na parte de trás da cintura. Ao empunhá-la, viu o jovem com a mão estendida para ele, oferecendo o celular. Possivelmente por imaginar que a vítima estava reagindo, o bandido atirou. Depois, voltou para a moto e, sem levar nenhum objeto, o bando fugiu pela contramão.
A ação criminosa foi rápida, durou cerca de três minutos. Leonardo foi atingido no lado direito do peito. O calibre da arma não foi identificado e os policiais não encontraram vestígios do crime no local. Socorrido ao hospital, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu uma hora depois.
Por causa do nervosismo e da iluminação ruim da rua, as testemunhas não anotaram as placas nem identificaram as motos usadas pelos criminosos. A Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança de empresas instaladas na rua para identificar os veículos e tentar chegar aos assaltantes. O caso é investigado pelo 49º Distrito Policial (São Mateus)..