Diferentemente do projeto de lei original, elaborado pela gestão Fernando Haddad (PT), a versão aprovada não determina horário para a restrição, o que abre brecha para o fechamento das ruas durante todo o dia.
Assinado por 50 dos 55 parlamentares, o substitutivo apresentado pelo vereador José Police Neto (PSD) deixa de exigir autorização prévia para o fechamento. No 6º artigo da lei fica definido que a decisão compete aos moradores - 70% deles devem aprovar a medida. O processo seguinte é comunicar a subprefeitura responsável, que tem então seis meses para homologar o fechamento.
Outra mudança diz respeito à possibilidade de aplicação de multas. Na proposta de Haddad, vilas fechadas de forma irregular corriam o risco de serem multadas em R$ 1 mil por casa. Agora, caso a fiscalização constate problemas, os moradores serão apenas notificados a retirar portões ou cancelas.
Segundo Police Neto, o "volume da restrição à circulação" será definido pelo prefeito na regulamentação da lei. "A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai analisar caso a caso. Se constatar que a via é importante não poderá haver o fechamento", explica.
Police Neto destaca ainda as contrapartidas obrigatórias incluídas no projeto, como a obrigatoriedade imposta aos moradores de fazer plantio de árvores e de desimpermeabilizar as calçadas, dando preferência a pisos drenantes, e de cuidar da varrição do perímetro, assim como do recolhimento do lixo..