A jovem de 17 anos, natural de uma aldeia da cidade de Pesqueira, no Agreste pernambucano, deu entrada no hospital em 28 de dezembro, com um quadro infeccioso grave e paralisia dos membros. Inicialmente, acreditava-se se tratar de mais um caso de Guillain-Barré, relacionado ao zika vírus. Após a morte de Danielle, os exames de sangue provaram, entretanto, que se tratava de uma miosite, causada pela chikungunya.
A diferença é que, enquanto na Guillain-Barré o sistema nervoso é atacado, na miosite a inflamação ocorre diretamente nos músculos. "A luz vermelha está acesa. Com certeza, a miosite desse caso, que é uma condição rara, ocorreu por chikungunya.
Ainda de acordo com a médica, a chikungunya agora vai passar a ter mais atenção do serviço de saúde de Pernambuco. "A jovem morreu por infecção generalizada, mas tudo está relacionado ao ciclo desse vírus e, consequentemente, dessa inflamação muscular", destacou Lúcia Brito. Só em 2015, o hospital registrou 150 casos de complicações decorrentes de dengue, zika e chikungunya - destacando 55 casos de Guillain-Barré. Ainda houve nove mortes..