O Planetário do Ibirapuera vai funcionar de terça a domingo, além de feriados, com sessões às 10h, 12h, 15h e 17h, cada uma com 40 minutos de duração. Neste domingo, porém, houve apenas duas exibições à tarde e muitas pessoas que aguardavam na fila terminaram sem ver estrelas, astros e cometas em alta definição.
Os ingressos são distribuídos com meia hora de antecedência e as entradas preferenciais que sobrarem são repassadas cinco minutos antes de a sessão começar.
Na reinauguração, os bilhetes acabaram na vez do cozinheiro Alex Silva, de 34 anos, acompanhado da mulher e do filho de 4 anos. Eles aguardaram uma hora e meia na fila. "Como trabalho em restaurante, só tenho folga um domingo por mês. Agora, minha família vai ter de vir sem mim", disse.
O funcionário público Romildo Gomes, de 28 anos, saiu do município de Caieiras, na Grande São Paulo, mas também não pôde assistir a nenhuma sessão com a família. "Vim mais pelo meu filho, que quer ser cientista", afirmou Gomes, pai de um menino de 6 anos.
A administradora financeira Pâmela Silva, de 28 anos, sugeriu mudança na organização da fila para evitar problemas. "Quando eles virem que não vai caber todo mundo, o acesso tem de ser bloqueado - ou então as pessoas ficam esperando para nada", disse.
Patrimônio
Na manhã de domingo, o prefeito Fernando Haddad afirmou que a reforma resolveu problemas estruturais e respeitou as características originais do Planetário, tombado pelo patrimônio histórico. "Vamos poder atender agora 250 mil crianças por ano aqui e outras 250 mil no Planetário do Carmo, que vamos reinaugurar neste semestre", estimou. "Valeu a pena esperar."
Casos de estupro
A segurança no Ibirapuera foi reforçada neste primeiro domingo após o parque registrar dois casos de estupro e um arrastão. O efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi de 110 homens - mais do que o dobro do usual. Os guardas fizeram rondas, revistaram jovens e apreenderam garrafas de bebida alcoólica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..