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Estado de Minas

Comandante de batalhão é exonerado depois de execução


postado em 30/11/2015 16:19

Rio de Janeiro, 30 - O comandante do 41º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, tenente-coronel Marcos Netto, foi exonerado do cargo pelo Comando da Polícia Militar, nesta segunda-feira, 30. Em nota, a PM informou que ele deixa o posto "em razão dos últimos lamentáveis acontecimentos envolvendo policiais sob o seu comando que conflitam com as orientações do comando da corporação".

Na noite de sábado, 28, quatro policiais militares foram presos pela morte de cinco jovens, que ocupavam um Palio branco em um dos acessos ao Morro da Lagartixa, em Costa Barros, na zona norte. O veículo foi alvejado mais de 50 vezes. Os rapazes haviam saído para comemorar o primeiro salário recebido por um deles, Roberto de Souza Penha, de 16 anos.

O tenente-coronel Jorge Fernando de Oliveira Pimenta, que está à frente do 32º Batalhão da PM (Macaé), assumirá o comando do 41º BPM.

Os policiais militares Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos, Antonio Carlos Gonçalves Filho (por homicídio doloso e fraude processual) e Fabio Pizza Oliveira da Silva (apenas por fraude processual) foram presos logo depois do crime e levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, na região metropolitana, na tarde de domingo, 29.

Pela manhã, Marcos Netto deu entrevista ao Bom Dia Rio, da Rede Globo, e criticou a conduta dos PMs.

"Nós determinamos aos policiais que efetuem disparos somente quando forem agredidos, e de forma proporcional. O que vimos preliminarmente é que houve uma reação desproporcional. Nós lamentamos profundamente o que aconteceu", afirmou Netto. "A Polícia Militar hoje chora juntamente com os familiares dessas pessoas que lamentavelmente vieram a óbito, mas que permaneçam acreditando na nossa instituição. Não podemos tomar o todo pela parte. Foi uma ação isolada, errada e está sendo apurada. Esses policiais, além de responder pela Justiça Militar, eles poderão ser excluídos da corporação."

As famílias dos jovens decidiram entrar na Justiça com ação conjunta contra o Estado. Os corpos de Roberto, Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos, Wesley Castro Rodrigues, de 25, Cleiton Corrêa de Souza, de 18, e Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16, serão enterrados às 16 horas, no Cemitério de Irajá.


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