Rio, 20 - A pizzaria Dell'Arco, apontada por vizinhos, clientes e até por um secretário municipal como principal suspeita de responsabilidade pela explosão que feriu sete pessoas na madrugada de nesta segunda-feira, 19, em São Cristóvão, zona norte do Rio, divulgou nota em que nega qualquer irregularidade no armazenamento de gás.
Embora a causa do acidente ainda seja desconhecida, a principal hipótese é que a explosão tenha sido provocada por um vazamento de gás. Dez cilindros de gás foram encontrados nos escombros. Na área atingida ficavam a pizzaria e um restaurante - este com documentação em ordem, segundo os bombeiros.
A pizzaria informou na nota que "não mantinha qualquer depósito de gás em seu estabelecimento (...), possuindo 2 cilindros nos fundos do terreno, em área ventilada e própria para seu armazenamento". A empresa divulgou ainda que mantinha sob contrato uma empresa na cidade de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), responsável pela manutenção e reabastecimento dos cilindros, uma vez por semana. A última visita teria ocorrido às 8 horas da última quinta-feira.
O Corpo de Bombeiros informou não ter nenhum documento relativo a vistorias na pizzaria, mas, segundo a prefeitura, em dezembro de 2001, o quartel dos bombeiros em Vila Isabel, zona norte, emitiu documento que permitiu a concessão de alvará de funcionamento ao restaurante. Desde então não teria havido mais nenhuma fiscalização.
Até a tarde desta terça-feira, 20, a prefeitura havia recolhido 747 toneladas de destroços no local. O comerciante José Augusto Cabral, de 75 anos, dono da loja de material esportivo Cabral, uma das destruídas na explosão, conseguiu recuperar uma maleta preta com escrituras de imóveis, inventário e certidões de nascimento de filhos e netos. O objeto foi encontrado atrás da mesa de trabalho de Cabral, depois que escavadeiras removeram escombros.
"Seu Zé chora muito em algumas ocasiões, em outras está mais calmo.