São Paulo, 04 - Aproximadamente 32% de todos os cargos existentes no serviço público estão vagos, de acordo com informações do portal de Transparência do Estado e do Diário Oficial. Isso representa um contingente de 289 mil cargos. A falta de profissionais é um problema crônico de diversas áreas e, para especialistas, afeta a qualidade do serviço. No caso da Segurança Pública, por exemplo, dos 93,8 mil cargos efetivos existentes na Polícia Militar, apenas 86,1 mil estavam ocupados até dezembro de 2014 - dado mais recente.
"O problema de falta de policiais é crônico e, não há dúvida, afeta a qualidade do serviço. É importante dizer que não é só isso que gera a insegurança. É preciso também investimento em treinamento dos profissionais existentes. Mas a não reposição do efetivo é um problema", diz a pesquisadora Tânia Pinc, consultora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Outra área em que a falta de profissionais é histórica é a Saúde. Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), explica que a ociosidade de alguns tipos de vagas traz dificuldades para a rede.
De acordo com Vecina Neto, as organizações sociais (OSs), contratadas pelo governo estadual para administrar parte das unidades de saúde públicas, costumam ter mais facilidade "para contratar, repor e deslocar pessoas", afirma. "Mas também já existe um esforço de as organizações se adequarem à realidade orçamentária atual."
Os gastos com pessoal feito pelas OSs não entram no cálculo de 49% do limite de gastos imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Esses valores entram no orçamento como pagamentos a terceiros, que não têm a restrição.
Critérios
Regina Silvia Pacheco, professora da Fundação Getúlio Vargas, faz uma ressalva. "O fato de o cargo estar vago não significa necessariamente que há escassez de mão de obra. Os cargos são criados por lei junto com as carreiras.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..