De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, como as declarações foram dadas por pessoas que, em tese, não tinham habilitação para atestar a causa das mortes, os procedimentos terão de ser revistos. "A investigação vai dizer se esses óbitos são decorrentes de mau atendimento ou de causas diferentes daquelas que foram relatadas", disse.
Quatro profissionais não aptos a exercer a medicina já foram identificados - dois, Pablo do Nascimento Mussolin e Natani Thaisse Oliveira, estão presos. Também já foi identificada a médica que utilizava o nome de Cibele L., e outro profissional que não teve o nome divulgado. Um quinto caso está em investigação no âmbito da operação, que deve se estender a cidades da Grande São Paulo, onde os falsos médicos também teriam atuado.
A polícia investiga se os titulares dos registros no Conselho Regional de Medicina (CRM) sabiam do uso indevido. Os falsos médicos recebiam de R$ 40 a R$ 60 mil por mês por sua atuação em unidades conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS). A Innova, empresa responsável pela contratação, informou em nota que as admissões foram feitas com base nos documentos pessoais e nos registros no CRM apresentados pelos supostos médicos.