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Estado de Minas

Lutador que espancou e matou enteado é condenado a 22 anos de prisão no DF

No julgamento, Daryell Dickson falou sobre o caso pela primeira vez desde a morte do menino, em 2014. Ele negou o crime


postado em 18/06/2015 09:05 / atualizado em 18/06/2015 09:10

Dayrell (esquerda), Gabrielle e Miguel (direita). O bebê tinha 1 ano e 11 meses quando foi assassinado(foto: Correio Braziliense/Reprodução Facebook)
Dayrell (esquerda), Gabrielle e Miguel (direita). O bebê tinha 1 ano e 11 meses quando foi assassinado (foto: Correio Braziliense/Reprodução Facebook)
O lutador de jiu-jitsu Daryell Dickson Menezes Xavier, acusado de espancar o enteado até a morte foi condenado na madrugada desta quinta-feira a 22 anos 8 meses de reclusão, por homicídio duplamente qualificado. A vítima era Miguel Estrela, que tinha apenas 1 ano e 11 meses à época, e era filho da companheira do lutador. Após utilizar todo o tempo da sustentação oral durante o julgamento, que ocorreu desde a manhã dessa quarta-feira (17/6) no Tribunal do Júri de Taguatinga, terminou por volta de 1h.

Ouvido durante o júri, Daryell negou o crime. “Eu não matei meu filho. Todos os dias eu chegava em casa, ele pedia benção e me chamava de pai”, disse, referindo-se a Miguel Estrela. “Eu não teria motivo para matar essa criança maravilhosa”, afirmou o acusado. A versão de Daryell sobre a morte de Miguel é que, ao chegar ao quarto da criança, ele já estava tendo o que parecia ser um ataque epiléptico e espumava no canto da boca.

Foi a primeira vez que Daryell falou sobre o caso, desde a morte do menino, em 2014. Questionado pela promotoria sobre o silêncio, ele disse que foi uma orientação da defesa. Em seguida, a acusação trouxe para o tribunal um antecedente criminal de Daryell: o telefone dele foi grampeado e ele foi citado em um processo de associação ao tráfico, pela Polícia Civil, em 2008.

Mais cedo, o delegado da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), João Maciel, afirmou que Daryell confessou o crime não-oficialmente. Além disso, em depoimento, a enfermeira que auxiliou na tentativa de reanimação da criança no hospital disse ter escutado o padrasto de Miguel dizer “Que m... eu fiz”. Questionado nesta tarde, Dayrell negou as duas acusações.

Atualmente, o acusado, que é faixa roxa em jiu-jitsu, trabalha como cantineiro no Complexo Penitenciário da Papuda.

Entenda o caso
De acordo com denúncia do Ministério Público do DF e dos Territórios, a criança teria sido agredida pelo padrasto em 27 de março do ano passado. Por volta de meio-dia, o professor de jiu-jitsu esperou a companheira sair da residência e agrediu fisicamente o bebê, causando as lesões que o levaram à morte. O processo correu em segredo de Justiça. Miguel chegou a ser socorrido e ficou dois dias no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo o MP, o crime teria sido praticado por motivo fútil e de forma cruel, demonstrando uma brutalidade fora do comum. Segundo a apuração, o réu estava no interior da residência quando passou a agredir a criança, que entrou em convulsão. Após ser levada para o hospital, foram constatadas as lesões sofridas, dentre elas traumatismo craniano.


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