"Foi horrível. Eu cheguei a ver porque foi ele que disse que poderia me matar assim como matou meu filho", contou. "Vi pela touca, ele é um negro, alto. Foi muito doloroso", recordou a mãe de Eduardo.
Ela afirma que ainda não foi informada pela Polícia Civil sobre a data de uma possível acareação na qual possa reconhecer o PM diante dos investigadores. Mas, quando esse dia chegar, ela espera fazer duas perguntas - e adiantou que não perdoará o policial.
"Eu quero fazer duas perguntas a ele: a primeira é se ele não tem filhos, se ele não é pai", disse. "Aí eu vou fazer a segunda pergunta a ele: se perdoá-lo traria meu filho de volta. Se ele tiver condição de trazer meu filho de volta, eu perdoo ele.
Hospedada com a família em um hotel custeado pelo Governo do Estado desde que voltou do Piauí, onde Eduardo foi enterrado no último dia 6, Terezinha lembra que o regresso ao Areal, localidade onde a família morava no Alemão, foi "muito ruim". "Foi muito doloroso. Quando eu cheguei perto de casa, eu desabei no choro, não aguentei".
Terezinha foi uma das testemunhas ouvidas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios da capital fluminense durante a reconstituição. A irmã de 14 anos de Eduardo também participou da reprodução simulada. De acordo com o delegado titular da especializada, Rivaldo Barbosa, foram remontadas com os policiais as condições de luminosidade e temperatura verificadas no exato momento em que Eduardo foi baleado, às 17h30. "Nós vamos esperar o laudo dos peritos e eles têm de 15 a 45 dias para nos dar esse laudo", declarou Barbosa na última sexta-feira..