A PM mobilizou um aparato com cerca de duzentos policiais, incluindo cavalaria e canil, com apoio de um helicóptero, para cumprir a liminar. Quando a tropa chegou, pouco mais de 100 famílias estavam no local. A maior parte dos sem-terra, entre eles o líder da FNL José Rainha Júnior, havia seguido em caravana para Brasília, para cobrar do governo federal mais rapidez na reforma agrária.
O militante da Frente, Adão Vilmar Antunes, reclamou que os policiais não deram tempo para que os bens fossem retirados dos barracos. "Passaram o trator em cima de móveis, colchões e alimentos", disse. O prefeito Carlos Vieira de Andrade (DEM) disse que os sem-terra foram notificados há mais de um mês sobre a data do despejo e tiverem tempo suficiente para retirar as coisas.
Segundo ele, a prefeitura mobilizou caminhões e ônibus para transportar as famílias e seus pertences até outro acampamento, no bairro Guaraná. A PM informou que os sem-terra atearam fogo a canaviais na região como possível represália ao despejo.