Profissionais brasileiros preencheram 92% das vagas autorizadas pelo Programa Mais Médicos para 2015, totalizando 3.830 profissionais em 1.208 municípios e seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei). Os números foram divulgados nesta quinta-feira, pelo Ministério da Saúde. Ao todo, a pasta autorizou 4.146 vagas em 1.294 municípios e 12 Dsei. As 286 vagas que não foram preenchidas serão oferecidas a médicos brasileiros, a partir desta sexta-feira, com formação no exterior. Grande parte dos municípios com vagas restantes está na Região Norte.
De acordo com o balanço, 46% dos médicos brasileiros que assumiram uma vaga são homens e 54% mulheres. Mais da metade (55%) tem entre 26 a 30 anos. Além disso, 78% dos participantes são solteiros e 51% já têm experiência em programas de saúde da família. A maioria dos profissionais (68%) optou pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de residência médica, caso tenha conceito satisfatório durante os 12 meses de atuação no programa.
Na Região Norte, das 1.799 vagas autorizadas, 1.726 foram preenchidas.
Até o ano passado, 14.462 profissionais foram enviados a 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de pessoas. A previsão do governo é que, com os novos números, o programa alcance 18.247 médicos em 4.058 municípios, atendendo cerca de 63 milhões de pessoas. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os dados são extremamente positivos. "É uma nova realidade que esperamos que seja a realidade do programa nos próximos anos até que no futuro consigamos ter de fato um programa preenchido por médicos brasileiros".
Chioro considera provável que o programa não chegue à terceira etapa, onde são abertas vagas para médicos intercambistas individuais. Segundo ele, é menos provável a instituição da quarta etapa, quando são convocados médicos cubanos por meio do termo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). "O programa já começa a produzir os resultados esperados no sentido de ampliar a oferta de médicos", disse Chioro.
"Estamos dando um passo significativo para poder garantir a toda a população brasileira o direito à atenção básica na saúde". Pesquisa encomendada pela pasta à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que 93% dos profissionais do Mais Médicos se sentem satisfeitos com sua participação no programa. O estudo mostra que 90% dos entrevistados disseram que indicariam o programa a outros médicos..