Monsenhor João Clá deixou a TFP, de atuação predominantemente política, após a morte do professor Plínio, em 1997, e criou a Associação Privada de Fiéis Arautos do Evangelho, reconhecida em 2001 pelo papa João Paulo II. Rompeu com a TFP, mas continua sendo um admirador do fundador, sobre quem escreveu sua tese de doutorado O dom de sabedoria na mente, vida e obra de Plínio Corrêa de Oliveira.
Ordenado sacerdote em 15 de junho de 2005, monsenhor João Clá fundou a Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e a Sociedade Feminina de Vida Apostólica Regina Virginum, ambas aprovadas por Bento XVI, em 2009. Os membros das duas sociedades - 140 padres, 20 diáconos e 800 irmãs - moram em conventos e fazem votos de pobreza, obediência e de castidade. Os arautos leigos também fazem os votos.
A grande diferença dos Arautos para a TFP é que eles têm um ramo clerical e um de irmãs, subordinam-se à hierarquia (papa e bispos), aceitam as reformas do Concílio Vaticano II e dão prioridade ao espiritual, sem militância política. Em São Paulo, tiveram o apoio dos cardeais d. Cláudio Hummes e d. Odilo Scherer.
O visual dos Arautos do Evangelho - que lembram os cavaleiros das Cruzadas na Idade Média, com suas vestes e gestos marciais - é uma criação de monsenhor João Clá, que também foi militar.
O Estado de S. Paulo..