Após a explosão, o incêndio se alastrou por outros três tonéis - cada um com capacidade para armazenar 6 milhões de litros de combustível -, que pertencem à empresa Ultracargo, especialista na estocagem de produtos químicos. Em nota, a companhia informou que todos os funcionários foram retirados do pátio assim que o alerta de incêndio foi disparado. Segundo a Ultracargo, ainda é prematuro especular sobre as causas do incêndio.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, a equipe encontrava dificuldades para combater as chamas por causa da alta temperatura, que provoca evaporação da água antes que ela atinja o fogo. Desta forma, a estratégia dos bombeiros é manter o resfriamento, com auxílio de uma espuma especial, e aguardar que todo o combustível armazenado seja consumido pelo fogo. Durante todo o dia, uma grande coluna de fumaça pôde ser vista de vários pontos de Santos e também de outros municípios da Baixada Santista. Por volta das 17 horas, os tanques começaram a desabar, provocando mais explosões e assustando quem estava próximo ao local.
Cerca de 80 homens do Corpo de Bombeiros e 35 viaturas (oito da capital e do ABC) trabalharam no local.
A embarcação Governador Fleury, destinada ao combate de incêndios nos Portos de Santos e São Sebastião, foi enviada para o local para bombear água do mar para os caminhões.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a área atingida fica fora do porto. Cinco navios que estavam atracados foram retirados do local. A Codesp disse, porém, que o Porto de Santos não interrompeu os trabalhos e desmentiu a informação de que a Capitania dos Portos havia suspendido a navegação no estuário. A companhia informou que o movimento foi interrompido apenas na região do incêndio.
De acordo com a prefeitura de Santos, o Samu atendeu 15 pessoas no local, todos homens com superaquecimento. Não é queimadura. Isso acontece porque as vítimas são funcionários da área industrial, usam roupas pesadas, sofrem alterações na pressão arterial e aumento na temperatura corporal, afirmou. Ainda conforme a Prefeitura, crises nervosas e inalação de fumaça também foram registradas nos pacientes. Todos foram atendidos no local e liberados. No Pronto-Socorro Central de Santos, três pessoas com crises nervosas também foram medicadas e liberadas.
O trânsito ficou bloqueado durante todo o dia em vários pontos da região. A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, fechou o acesso ao porto pelo Viaduto da Alemoa, no km 64 da Anchieta. Já a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou a Avenida Engenheiro Augusto Barata. Houve congestionamento na Anchieta e na Rodovia dos Imigrantes..