De acordo com o promotor Antonio Farto Neto, após ter iniciado a investigação com base em denúncias de fraudes, o MP constatou que cerca de trezentos veículos por dia, um número incompatível com a frota da cidade, estavam sendo transferidos. Sorocaba não adotou o sistema digitalizado de transferência, como ocorre em outras cidades, e que dificulta as fraudes. O MP apurou que muitos veículos sequer foram levados para a vistoria e a liberação teria sido carimbada mediante pagamento de propina.
O serviço de transferência de veículos foi suspenso temporariamente. A promotoria vai investigar se o esquema tinha a participação apenas de funcionários, ou se envolvia também agentes públicos investidos de autoridade. Motoristas que pagaram propina também podem ser processados. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e organização criminosa. A administração do Detran de Sorocaba informou que colabora com as investigações..