Segundo o Jornal Nacional, da TV Globo, o soldado Walter Saldanha Correa Júnior foi indiciado pelo homicídio e terá sua prisão pedida nesta quarta-feira, 4, pelo delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª DP (Ipanema).
Até às 21h desta terça-feira, a Polícia Civil do Rio não havia confirmado os indiciamentos. Segundo a versão dos policiais, por volta das 22h do dia 21 de abril de 2014 alguém ligou para o Disque-Denúncia e avisou que o chefe do tráfico local, conhecido como Pitbull, estava no teleférico que serve a comunidade.
A informação foi transmitida a um sargento da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro, que perguntou aos subordinados quem gostaria de checar se a denúncia tinha procedência. O debate se prolongou e só à 0h30 os PMs foram patrulhar a comunidade.
Quando chegou a uma quadra esportiva, o grupo composto por nove policiais foi recebido a tiros e revidou. Três policiais buscaram abrigo em um prédio de cinco andares perto da quadra. Os outros seis ficaram na rua.
A eletricidade acabou, houve tiroteio e, ao fim do confronto, os policiais voltaram para a sede da UPP. Três policiais afirmaram ter visto um vulto passando pelo teto do imóvel onde os criminosos estariam.
A Polícia Civil afirma que DG foi à favela para visitar a filha Laylla, então com 4 anos, e acabou em meio ao tiroteio entre traficantes e policiais, onde foi confundido com criminosos. Para escapar dos tiros, tentou fugir saltando por telhados de imóveis.
Ele foi atingido pelo soldado Valter quando estava no quarto andar de um prédio. O tiro atingiu as costas de DG, de baixo para cima. Mesmo ferido, o dançarino continuou fugindo. Ele passou por duas caixas d'água e acabou morrendo no prédio de uma creche.
Quando o corpo de DG foi encontrado e identificado, moradores da favela promoveram um protesto em ruas de Ipanema. Depois, a história do dançarino foi tema de uma edição especial do programa "Esquenta"..