O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina(Sindicarne) contabilizou prejuízos de R$ 150 milhões por dia no Grande Oeste catarinense, em setores da agroindústria, de produtos agrícolas e do comércio. Com 75% da produção parada na região, a cada dia de greve, 7 milhões de litros de leite deixam de ser processados e 25 mil suínos e 3,5 milhões de aves deixam de ser abatidos, segundo o Sindicarnes. Cerca de 6 mil veículos estão retidos na região.
Até ontem, a BRF contabilizou 15 mil toneladas de carnes retidas no bloqueio, em 500 veículos. A empresa está completamente parada no Sul do país. Além das perdas com carnes, mais de 15 milhões de ovos foram descartados, um prejuízo de mais de R$ 10 milhões. Além disso, mais de 2 milhões de litros de leite deixaram de ser entregues.
O presidente da Associação Catarinense de Agricultores e diretor de agropecuária da BRF, Luiz Stabile conta que as fábricas têm capacidade para apenas três ou quatro dias de operação. Ele conta que no Paraná e em Santa Catarina já existem cidades desabastecidas, sem carne e sem combustível. Para ele, a maior preocupação é não deixarem passar milho e farelo de soja. “Sem farelo de soja, aves e suínos crescem menos, com problema nos músculos e deficiências”, explicou..