Nesta quarta-feira (25), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participaram de um encontro com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se mostrou disposto a dar agilidade à votação do projeto na Câmara, assim que o texto for enviado ao Legislativo.
O governo paulista tem liderado essa demanda, pelo fato de São Paulo ser um dos Estados mais afetados com o uso de explosivos para roubo de caixas eletrônicos. De acordo com Moraes, o Estado registrou 28 casos só no mês passado. Ele explica que um dos pontos que estimulam a prática do crime é a baixa punição aplicada, de três a cinco anos de detenção, por ser o delito classificado como "furto qualificado". A proposta do secretário é que a mudança na lei possa permitir uma punição mais severa, semelhante à de prática de roubo qualificado, em que o autor do crime pode ter pena de cinco a 12 casos.
"Há também a necessidade de que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) tome as medidas necessárias que já acertamos em São Paulo e que devem ser passadas para o resto do País", disse, explicando a necessidade de que seja feito um georreferenciamento dos caixas eletrônicos, além da aplicação de outras medidas de proteção nos terminais. Outra demanda do governo paulista, segundo Moraes, é que seja alterado o decreto de regulação de dinamites. O secretário defende a proibição de da fabricação de banana de dinamites, o que considera um "atraso" para o País, lembrando que em outros locais existe apenas o uso de explosivos mais sofisticados, que não podem ser manipulados por qualquer pessoa.
DESAFIO O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participou de encontro na manhã de hoje com secretários de segurança pública de 24 estados.
O ministro disse, ainda, que o encontro visa uma maior política de integração entre União e as unidades da federação em termos de segurança pública. "O problema da segurança pública não é um problema um Estado ou da União, é um problema do Estado brasileiro. Ou a gente supera aquele jogo de empurra clássico, em que um diz que a culpa é do outro, sem resolver, ou nós ficaremos patinando vendo a violência crescer", disse Cardozo..