Para tentar reduzir a pressão sobre o sistema, o governador Fernando Pimentel (PT) reuniu-se nesta segunda com os prefeitos dos 34 municípios da região metropolitana da capital mineira para solicitar a redução no consumo de água. Segundo a Copasa, 31 dessas cidades têm "problemas críticos" de abastecimento. A empresa também iniciou campanha solicitando aos consumidores que reduzam em 30% a quantidade de água usada e já adotou as primeiras medidas legais para iniciar racionamento e cobrança de sobretaxa pelo consumo excessivo no Estado, caso seja mantido o nível de queda dos reservatórios.
No Paraopeba, de acordo com a estatal, o reservatório Rio Manso tinha nesta segunda 44,78% de sua capacidade, o Vargem das Flores, 27,72%, e o Serra Azul, 5,80%, já no volume morto. A capital também é abastecida pelo rio das Velhas, com captação no fio d'água. Hoje a vazão era de 29,28 metros cúbicos por segundo, volume favorecido pela chuva que caiu em vários pontos da região metropolitana no fim de semana. Na semana passada a vazão chegou a oito metros cúbicos por segundo, enquanto a média histórica do período é dez vezes maior.
De acordo com o prefeito de Vespasiano, Carlos Murta (PMDB), presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), houve "falhas" no sistema nos últimos anos e agora "cada município tem que contribuir com novas soluções".
A obra no rio Paraopeba é uma parceria público-privada (PPP) com orçamento de R$ 693 milhões iniciada na gestão anterior. Segundo o secretário de Estado de Obras Públicas, Murilo Valadares, para haver "tranquilidade na região metropolitana" a saída é "retirar água do Paraopeba para abastecer o Rio Manso". "Se conseguirmos agilidade, rapidez e competência, vamos criar condições para nos meses de outubro e novembro já possamos ter uma perspectiva de abastecimento", afirmou, ressaltando que as medidas que o governo adotar serão "de acordo com os prefeitos" da região..